Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se encontrou nesta terça-feira (26) com advogados ligados ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com as informações, o encontro teve como tema a violência política registradas nas últimas semanas no Brasil.
Segundo a jornalista Andreia Sadi, da “Globo News”, o encontro foi pedido por advogados, juízes, juristas, professores e pesquisadores de várias áreas do Direito que integram o grupo conhecido como “Prerrogativas”.
Ainda conforme a comunicadora, o encontro teve como objetivo reunir o maior apoio possível em torno de um ato em defesa da democracia marcado para dia 11 de agosto. Assim como publicou o Brasil123, a manifestação acontecerá no prédio da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no Centro de São Paulo, capital.
Esse foi o mesmo grupo que promoveu um encontro que culminou na reunião que protagonizou o primeiro momento em que Lula e Geraldo Alckmin (PSB) estiveram juntos. Isso, em dezembro do ano passado, enquanto os dois políticos ainda estudavam a possibilidade de montar a chapa Lula-Alckmin, confirmada neste ano.
No encontro, além de dizer que a Justiça Eleitoral não irá tolerar a violência como arma política nas eleições, Edson Fachin destacou que a desinformação durante o pleito também será combatida, pois a “sociedade não tolera o negacionismo eleitoral”.
“Há 90 anos, criamos a Justiça Eleitoral para que ela conduzisse eleições íntegras e o Brasil confia na sua Justiça”, disse Edson Fachin, que se despede do cargo no próximo mês – ele dará lugar a Alexandre de Moraes, que hoje é vice-presidente da Corte.
Presidente do TSE e advogado do partido de Bolsonaro
Edson Fachin também se reuniu recentemente com Tarcísio Vieira, advogado do PL e responsável pela reeleição do chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL). O encontro foi feito no domingo (24), quatro dias depois de Bolsonaro ter promovido uma reunião com embaixadores para questionar a segurança das urnas eletrônicas.
No encontro com o advogado, Edson Fachin, a fim de aliviar a tensão com o Palácio do Planalto, fez uma espécie de balanço da sua gestão à frente do TSE, detalhou as ações implementadas com o intuito de reforçar ainda mais a segurança dos equipamentos e ainda disse que não pode acatar todas as sugestões Forças Armadas, como defende Bolsonaro. Segundo o presidente da Corte, sugestões são bem recebidas, mas muitas delas dependem, por exemplo, de processos licitatórios, o que inviabilizaria a aplicação nas eleições deste ano.
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