A Organização Mundial de Saúde (OMS) fez um alerta sobre a variante Ômicron do coronavírus nesta quarta-feira (29), afirmando que o risco causado pela nova cepa permanece “muito elevado” em todo o planeta.
A Ômicron tem sido apontada como responsável pela alta de casos de Covid-19 observada em diversos países, com recordes de infecções sendo batidos na Espanha, França, Reino Unido e Estados Unidos, além de aumentos expressivos na Argentina, Peru e Bolívia, entre outros.
“O risco geral relacionado com a nova variante de preocupação ômicron permanece muito elevado”, alertou a OMS em relatório epidemiológico semanal.
“Evidências consistentes mostram que a variante ômicron tem uma vantagem de crescimento sobre a variante delta, com um período de dois a três dias para duplicar-se, e aumentos rápidos de casos são vistos em vários países”, completou a organização.
Para tentar frear o avanço da Ômicron ou ao menos diminuir seu impacto, os governos dos países recomendam a aplicação da dose de reforço da vacina e pedem para a população continuar seguindo as medidas de proteção, como uso de máscaras, higienização das mãos e evitar aglomerações.
O aumento de casos da Ômicron inicialmente observado na África e depois na Europa já chegou à América Latina e Caribe, onde o número de infecções parecia estar controlado nos últimos meses. Com isso, os casos subiram no Panamá, Colômbia, Chile, Argentina, Brasil, Paraguai, Venezuela, México, Cuba e Equador.
Brasil aposta na dose de reforço contra a Ômicron
Assim como diversos países, o Brasil também aposta na vacinação com a dose de reforço como a principal ferramenta de proteção contra a Ômicron. Além disso, quase todas as capitais do país cancelaram as festas de Ano Novo — medida também anunciada pela prefeitura da Cidade do México.
Até o momento, apenas 12% da população brasileira recebeu a dose de reforço da vacina contra Covid-19. Já o percentual de imunizados com somente a primeira dose é de 78%, enquanto o de totalmente vacinados é de 67,3%, de acordo com o Our World In Data, plataforma ligada à Universidade de Oxford.