Risco de apagões no Brasil em 2021 é baixo, avalia Abimaq

O Brasil enfrenta a pior crise hídrica dos últimos 91 anos. A geração de energia elétrica no país está cada vez mais comprometida, com o nível dos reservatórios em situação crítica. O resultado é uma conta de luz mais cara para a população, que ainda corre risco de passar por racionamento e apagões.

No entanto, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) avalia que o racionamento no fornecimento de eletricidade para os consumidores não deve ocorrer neste ano. Além disso, a Abimaq também acredita que o risco de apagões pontuais em momentos de picos de consumo até existe, mas é baixo para 2021.

De acordo com o presidente da associação, José Velloso, a preocupação existe de fato com 2022, “mas ainda dá tempo de trabalhar”, diz. No próximo ano, o Brasil continuará sofrendo influências do fenômeno La Niña. Assim, a expectativa é que as chuvas permaneçam abaixo das média histórica em diversas regiões do país.

Presidente da Abimaq diz que país não sofrerá como em 2001

Em entrevista à BBC News Brasil, Velloso disse que o país precisará trabalhar mais para evitar apagão em algumas regiões. Segundo ele, o racionamento não deve ocorrer no Brasil, como em 2001, porque o país vem adotando medidas para evitar isso. Por exemplo, ampliou a interligação do sistema elétrico, reduzindo as chances de alguma região do país ficar sem energia enquanto sobra em outras.

Velloso também citou o aumento da oferta de outras fontes de energia. Em resumo, as hidrelétricas respondem por quase 70% da geração de energia no Brasil, e a crise hídrica ocorre justamente na região das hidrelétricas. Por isso, o governo vem utilizando especialmente as usinas termelétricas, que encarecem a conta de luz para o consumidor.

Em 31 de agosto, o governo anunciou a bandeira tarifária escassez hídrica, que elevou em 49,63% o valor pago a cada 100 quilowatts/hora (kWh) consumidos, para R$ 14,20. A saber, os brasileiros estavam pagando R$ 9,49 a cada 100 kWh após aumento de 52% da bandeira vermelha patamar 2 no final de junho. À época, a bandeira tarifária elevava em R$ 6,24 o valor da conta.

Isso quer dizer que, em menos de três meses, o valor da bandeira tarifária mais cara do país disparou 127,56%. Aliás, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, estimou que a bandeira tarifária escassez hídrica elevará as contas de energia dos consumidores em 6,78%.

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Ruan Samarone

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