O Rio de Janeiro atingiu, nesta quinta-feira (02), a triste marca de 100 agentes da Polícia Militar (PM) baleados neste ano, de acordo com dados do levantamento realizado pelo Instituto Fogo Cruzado. Segundo as informações, deste total, 39 acabaram perdendo suas vidas por conta de disparos de arma de fogo.
O último a ser atingido foi o PM Daniel Alexandrino de Oliveira, que foi alvejado por disparos enquanto estava em um tiroteio em Mesquita, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.
Conforme noticiou o programa “RJ TV”, da TV Globo, o militar foi socorrido e encaminhado para o hospital. Todavia, por conta da gravidade dos ferimentos, acabou não resistindo e morreu, tornando-se, assim, a morte de número 39 na capital.
Segundo o balanço feito pelo Fogo Cruzado, tem sido constatada uma tendência de alta no impacto da violência armada sobre os agentes de segurança cariocas. Prova disso é que, a mesma marca de mortes registrada agora, em 02 de setembro, só foi atingida no final de novembro no ano de 2020.
Quando englobado todos as categorias de agentes de segurança, os números do Rio de Janeiro são ainda piores. Isso porque, levando em conta as outras corporações, foram 128 mortes nos nove primeiros meses deste ano.
Conforme o relatório, neste ano, foi nas operações policiais e ações de rotina que mais militares perderam suas vidas ou pelo menos saíram baleados: 49 alvejados, como 12 mortes e 37 feridos. Em seguida, aparece na lista as tentativas e roubos efetivos. Neste caso, 25 militares foram baleados, todos fora do horário de trabalho – nenhum morreu.
Sem plano para reduzir as mortes
No relatório, Cecília Oliveira, diretora-executiva do Instituto Fogo Cruzado, revela que, apesar do aumento, não existe ainda um plano de segurança que possa ser acessado por interessados que queiram cobrar medidas para evitar novas vítimas entre os policiais.
“Atualmente, o plano de segurança do Rio de Janeiro não consta em nenhum lugar, essa é uma informação que ninguém tem acesso. Isso dificulta que jornalistas, pesquisadores e gestores públicos cobrem medidas que poupam a vida dos agentes de segurança pública, já que não temos sequer um plano de segurança para nos basear”, afirma.
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