Renegociação de dívidas DISPARA em setembro, revela BC

O número de renegociação de dívidas disparou em setembro no Brasil. De acordo com um levantamento do Banco Central (BC), os bancos concederam R$ 6,3 bilhões em composição de dívidas no nono mês de 2022.

Na comparação com agosto, houve  um forte crescimento de 8,5% (R$ 5,8 bilhões). Já em relação a setembro de 2021, o crescimento foi bem mais expressivo, de 39,4% (R$ 4,5 bilhões). Isso mostra que os brasileiros estão recorrendo cada vez mais à renegociação de dívidas no país.

A saber, esse cenário é resultado dos juros elevados, que estão no maior patamar em seis anos. Em síntese, a taxa básica de juro da economia, a Selic, está em 13,75% ao ano. Aliás, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu manter a taxa estável nas duas últimas reuniões, que ocorreram em setembro e em outubro.

Embora os juros não tenha subido mais no país, a taxa Selic já está em nível bastante elevado. E, quanto mais elevada ela estiver, mais altos ficarão os juros no país. Assim, o crédito fica mais caro, reduzindo o poder de compra do consumidor e desaquecendo a economia.

Além de aumentar os juros no país, em geral, a taxa Selic elevada também contribui para manter o endividamento elevado. Isso acontece porque muita gente contrata crédito para pagar dívidas mais próximas e acaba tendo que pagar ainda mais caro posteriormente.

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Volume de renegociação é o maior desde maio de 2020

O BC também revelou que a quantidade de renegociação de dívidas alcançou o maior patamar em setembro desde maio de 2020. Naquele mês, o volume de renegociações chegou a R$ 9,3 bilhões, maior valor da série.

Vale destacar que esse valor foi tão expressivo devido à pandemia da covid-19, decretada dois meses antes. Em resumo, o BC afrouxou as regras de renegociação de dívidas, permitindo que os bancos realizassem com mais facilidade as operações.

A saber, os clientes costumam mudar a classificação de risco da operação. Dessa forma, eles trocam as linhas mais caras, como cheque especial e cartão de crédito, por crédito mais barato, como o pessoal e o consignado. Com isso, visam baratear os custos.

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Ruan Samarone

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