Rendimento de trabalho cresce 3,4% em 2020, aponta IBGE

O rendimento médio mensal real dos trabalhadores do país cresceu 3,4% em 2020 na comparação com 2019. A saber, o valor passou de R$ 2.366 para R$ 2.447. E isso até poderia significar uma coisa boa para a população ocupada do país, mas não foi isso o que acontece.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, o aumento do rendimento só ocorreu devido à saída de 8,1 milhões de pessoas da população ocupada do país em 2020. Isso indica que os trabalhadores que continuaram ocupados possuíam um rendimento maior. Por isso que o valor médio mensal do rendimento cresceu em um ano.

Vale destacar que esse indicador é calculado para pessoas a partir dos 14 anos que estejam ocupadas na semana de referência da pesquisa no país. Por falar nisso, os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua 2020.

Massa de rendimento do trabalho recua no ano

Embora o rendimento médio do trabalhador tenha crescido no ano, a massa de rendimento da população ocupada caiu no período. Em resumo, o valor recebido habitualmente por todos os trabalhos totalizou R$ 207,4 bilhões em 2020. Isso corresponde a uma queda de 5,6% na comparação com os números de 2019.

Por outro lado, o rendimento no ano passado ficou 5,5% maior que o registrado em 2012. A saber, a população ocupada despencou 8,7% em relação a 2019 e chegou ao menor nível da série, totalizando 84,7 milhões de trabalhadores. Na comparação com 2012, o indicador também caiu (-2,2%), visto que havia 86,7 milhões de pessoas ocupadas no país há nove anos.

De acordo com o IBGE, o Sudeste continuou concentrando a maior massa de rendimento do país em 2020. Em suma, a região registrou um valor de R$ 107,6 bilhões, o que corresponde a cerca de 51,9% do total nacional. Em contrapartida, o Norte teve a menor massa (R$ 12,1 bilhões ou 5,8% do total).

Por fim, houve queda na massa de rendimento em todas as regiões do país. Já em relação à população ocupada, os maiores recuos vieram do Nordeste (-11,8%) e do Sudeste (-8,8%).

Leia Mais: Gasolina impulsiona inflação medida pelo IPC-S

Ruan Samarone

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