O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid-19, chamou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de “serial killer”. A fala, feita a jornalistas durante a chegada do parlamentar ao Senado para a sessão que marcou a votação do relatório final da comissão, nesta terça-feira (26), foi seguida da afirmação de que o chefe do Executivo não tem respeito com “a vida dos brasileiros”.
Ainda durante a conversa com os jornalistas, Renan Calheiros comentou a polêmica live de Bolsonaro, que mencionou uma matéria publicada em um site do Reino Unido, disseminador de notícias falsas, que associa as vacinas contra a Covid-19 a Aids.
“Essa responsabilidade é de muita gente, tem muitos indicados, mas ela é principalmente desse presidente, desse serial killer, que tem compulsão de morte e continua a repetir tudo o que fez anteriormente”, começou o senador.
“Agora, com a declaração de que a vacina pode proporcionar Aids, ele demonstra claramente que não tem respeito nenhum com a vida dos brasileiros”, afirmou Renan Calheiros.
Responsável pelo relatório final da comissão, o parlamentar propôs na CPI da Covid-19 que Bolsonaro seja indicado por nove crimes supostamente cometidos por ele durante a pandemia, que já matou mais de 600 mil brasileiros.
Vídeo de Bolsonaro excluído das redes
Assim como publicou o Brasil123, a live em que o presidente relacionou a Aids à vacina da Covid-19 foi transmitida no Facebook, no Instragram e no Youtube, na quinta-feira (21) passada. Após a repercussão negativa, a gravação foi retirada das duas primeiras redes sociais na segunda-feira (25) e da última nesta terça (26).
Por conta das diversas declarações de Bolsonaro, que antes de sua última fala, já havia chamado a Covid-19 de “gripezinha”, indicado medicamentos ineficazes para o tratamento da doença e dado a entender que o vírus nasceu, propositalmente, na China, a cúpula da CPI incluiu no relatório final um pedido para que o presidente seja afastado de todas as redes.
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