Refeição à base de vegetais custa até 60% menos que prato com carne

A população brasileira vem pagando caro para consumir carne bovina no país. No ano passado, o consumo da proteína no Brasil caiu para o menor patamar em 25 anos. E um estudo realizado pelo programa Alimentação Consciente Brasil (ACB), promovido pela ONG Mercy for Animals (MFA) no Brasil, revelou que uma refeição pode ser bem mais barata sem carne bovina.

De acordo com o levantamento, a preparação de pratos tradicionais apenas com vegetais, em substituição à proteína animal, chega a sair até 60% mais barato. A saber, o estudo analisou preços nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife.

Em resumo, o estudo manteve as mesmas características nutricionais dos alimentos. Aliás, a refeição tradicional considerada no estudo incluiu os seguintes itens:

  • Feijão carioca;
  • Arroz branco;
  • Cenoura com abobrinha;
  • Salada de alface, tomate e beterraba;
  • Sobremesa (laranja).

Nesse caso, a substituição promovida pelo estudo se referiu apenas à carne moída. Em seu lugar, o levantamento colocou hambúrguer de feijão.

Leia também: Inflação do famoso ‘prato feito’ dispara 17,6% em 12 meses

Recife registra maior diferença nos preços

Entre os locais pesquisados, a maior economia foi registrada na capital pernambucana. Em suma, uma refeição tradicional com carne moída, que custaria R$ 5,17 no Recife para ser preparada, teria um preço de R$ 3,15 se tiver apenas produtos vegetais. Isso quer dizer que a economia chegaria a 61%.

A saber, a economia nas outras capitais seria um pouco menor:

  • Belo Horizonte: 46%;
  • Rio de Janeiro: 42%;
  • São Paulo: 40%.

Aliás, caso essa mudança ocorra durante um mês, a economia no orçamento individual chegaria a R$ 141,30 em Belo Horizonte. Em seguida, ficariam São Paulo (R$ 140,10), Rio de Janeiro (R$ 108,30) e Recife (R$ 60,60).

“A substituição da carne bovina por feijão ou outras leguminosas, como lentilha, grão-de-bico, entre outras, é uma saída mais em conta e mais saudável para as pessoas continuarem a ter um consumo de proteína e ferro adequados”, afirmou Bruna Nascimento, nutricionista e Especialista Sênior em Políticas Alimentares da MFA, em nota.

“Ao fazer essa substituição, também vale a pena atentar ao consumo de algum alimento rico em vitamina C junto ou logo após as refeições. Isso ajuda a aumentar a absorção do ferro presente nos feijões”, acrescentou a nutricionista.

Veja ainda: Renda média de 25% da população das metrópoles é de R$ 303

Ruan Samarone

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