Quem recebe ESTE benefício pode ter DESCONTO na compra de veículos; confira

A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados conquistou um avanço significativo na promoção de direitos e inclusão social ao aprovar o Projeto de Lei 3310/23. Esse projeto prevê a concessão de descontos na aquisição de automóveis. Dessa forma, visando proporcionar alívio financeiro para as pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

A proposta estabelece a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para esse grupo específico de beneficiários no momento da compra de veículos. Assim, a PL, de autoria do deputado Odair Cunha (PT-MG), tem como objetivo efetuar modificações na Lei 8.989/95, que regula as isenções fiscais relacionadas à aquisição de veículos por pessoas com deficiência. Atualmente, essa legislação concede tal isenção a indivíduos com deficiência severa ou profunda, bem como a pessoas com transtorno do espectro autista.

Desconto na compra de veículos para beneficiários do BPC

O deputado Leo Prates (PDT-BA), que atuou como relator do projeto, ressaltou a importância da aprovação, destacando os obstáculos enfrentados pelas pessoas com deficiência que são beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Esse benefício, no valor de um salário-mínimo por mês, destina-se a indivíduos com deficiência e idosos com 65 anos ou mais que comprovem não ter meios de prover o próprio sustento nem contar com o apoio de suas famílias.

Prates expressou críticas em relação às justificativas apresentadas pela Receita Federal do Brasil, que argumentava que o custo associado à compra de um veículo era incompatível com a condição dos beneficiários do BPC, que, por definição, não teriam meios de sustentar a si mesmos. O relator considerou essas interpretações discriminatórias e enfatizou que contribuintes de maior poder aquisitivo já têm direito à isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

O deputado Prates enfatizou: “É inaceitável a interpretação preliminar e discriminatória da Receita Federal, alegando que pessoas com deficiência beneficiadas pelo BPC não têm direito à isenção por não possuírem renda, já que contribuintes de maior poder aquisitivo podem usufruir do benefício sem restrições.”

O Projeto de Lei 3310/23 seguirá agora seu processo de tramitação e será submetido à análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

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O que é o BPC?

O BPC, ou Benefício de Prestação Continuada, é um programa de assistência social do governo brasileiro que oferece um benefício financeiro a pessoas idosas e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Esse benefício tem como objetivo garantir uma renda mínima para aqueles que não têm condições de prover o próprio sustento ou contar com o apoio de suas famílias.

As principais características do BPC são as seguintes:

  1. Público-alvo: O BPC é destinado a duas categorias de beneficiários: idosos com idade igual ou superior a 65 anos que não recebem aposentadoria ou pensão, e pessoas com deficiência que comprovem incapacidade para o trabalho e cuja renda familiar seja inferior a 1/4 do salário mínimo por pessoa.
  2. Valor: O valor do BPC corresponde a um salário-mínimo vigente no Brasil. Ele é pago mensalmente e visa suprir as necessidades básicas de subsistência, como alimentação e moradia.
  3. Requisitos: Para se qualificar para o BPC, os beneficiários devem atender a critérios específicos de renda e incapacidade. No caso das pessoas com deficiência, é necessária uma avaliação médica e social para comprovar a incapacidade.
  4. Manutenção: O benefício é mantido enquanto os requisitos de elegibilidade forem atendidos. No entanto, é necessário passar por revisões periódicas para verificar se a situação do beneficiário permanece a mesma.

O BPC é uma importante rede de segurança social no Brasil e tem o propósito de reduzir a pobreza e a exclusão social, garantindo que os idosos e as pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade tenham acesso a recursos financeiros que lhes permitam viver com dignidade.

Quem pode receber o BPC?

O BPC, ou Benefício de Prestação Continuada, pode ser concedido a dois grupos de pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica no Brasil:

  1. Idosos. Pessoas com 65 anos ou mais que não recebem nenhum benefício previdenciário, como aposentadoria ou pensão. Além disso, que comprovem insuficiência de recursos financeiros para prover a própria subsistência.
  2. Pessoas com deficiência. Indivíduos de qualquer idade que apresentem uma deficiência que os incapacite para o trabalho e para uma vida independente. Isso desde que cumpram os critérios de renda, ou seja, a renda per capita do grupo familiar seja inferior a 1/4 do salário mínimo vigente.

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Além dessas condições, é importante observar alguns aspectos-chave:

  • Renda familiar. O BPC leva em consideração a renda familiar per capita, ou seja, a renda total do grupo familiar dividida pelo número de pessoas que o compõem. Então, para se qualificar para o BPC, a renda per capita do grupo familiar deve ser inferior a 1/4 do salário mínimo vigente.
  • Incapacidade. No caso das pessoas com deficiência, é necessário que a deficiência seja de natureza física, mental, intelectual ou sensorial. Além disso, que ela seja constatada por meio de avaliação médica e social realizada por peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
  • Avaliação social. Além da avaliação médica, o INSS realiza uma avaliação social para verificar a incapacidade da pessoa com deficiência e sua condição socioeconômica.
  • Revisões. O beneficiário do BPC está sujeito a revisões periódicas para verificar se ainda atende aos critérios de elegibilidade.

Além disso, é importante notar que o BPC é um benefício de assistência social e não exige contribuições previdenciárias para ser concedido. Ele tem o objetivo de proporcionar uma renda mínima para aqueles que não têm meios de prover sua subsistência. Além disso, para os que não podem contar com o apoio de suas famílias. Portanto, o benefício é voltado para as camadas mais vulneráveis da população, como idosos sem aposentadoria e pessoas com deficiência em situação de carência.

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Natalia Rosso

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