A derrota da seleção da Inglaterra para a Itália na final da Eurocopa ultrapassou a tristeza e descontentamento comum e entendível que os torcedores poderiam ter e chegou no campo das ofensas, sobretudo as raciais. Com isso, as autoridades britânicas tiveram que agir e quatro pessoas foram presas.
De acordo com a polícia do Reino Unido, em um comunicado divulgado nesta quinta-feira (15), essas pessoas foram presas por conta de ofensas racistas virtuais contra jogadores da seleção de futebol da Inglaterra após a final do torneio, no último domingo (11).
Para chegar aos suspeitos, uma equipe de especialistas analisou e ainda está analisando os comentários ofensivos sofridos pelos jogadores negros Marcus Rashford, Jadon Sancho e Bukayo Saka tanto no Facebook quanto no Instagram e no Twitter.
Os três se tornaram alvo da fúria dos torcedores após perderam os pênaltis na derrota para a Itália no estádio Wembley de Londres. Com a derrota, a Inglaterra continuou a amargar o tabu de mais de 55 anos sem títulos – o último foi a Copa do Mundo de 1966.
Logo após os episódios racistas surgirem, o governo prometeu ações contra empresas de redes sociais se elas não retirassem o material ofensivo mais rapidamente. “Estamos trabalhando muito intensamente com plataformas de redes sociais, que estão fornecendo dados que precisamos para impulsionar inquéritos”, disse o chefe de polícia Mark Roberts em entrevista à agência de notícias “Reuters“.
Ainda de acordo com ele, que é a autoridade responsável por comandar a reação da corporação britânica a questões ligadas ao futebol, “se identificarmos que você está por trás deste crime, rastrearemos você e você enfrentará as consequências graves de suas ações vergonhosas”.
Não suficiente, o governo do país anunciou que uma investigação de crime de ódio liderada pela Unidade de Policiamento do Futebol do Reino Unido está em andamento. Em nota, a polícia do país revelou que dezenas de aplicativos de dados foram encaminhados para empresas de tecnologia, que investigam mais suspeitos.
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