Os trabalhadores do país ainda enfrentam muitos desafios em 2022. A saber, a inflação anual caiu para 7,17% em setembro, terceiro recuo consecutivo. Contudo, nem mesmo com os recentes recuos, os reajustes salariais conseguem superar a taxa inflacionária do país.
De acordo com um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apenas 27,5% dos acordos e convenções coletivas realizados até o início de setembro superaram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Vale destacar que o INPC é usado como referência para reajustes salariais e benefícios do INSS no país. Em outras palavras, quanto mais alto estiver o indicador, maiores deverão ser os reajustes. E o contrário também acontece, com a inflação menor.
Por outro lado, 49% dos reajustes salariais deste ano ficaram abaixo do INPC. Isso quer dizer que quase metade das negociações ofereceram menor poder de compra ao trabalhador. E a situação do brasileiro é ainda mais difícil porque os juros estão no maior nível desde novembro de 2016.
Ainda segundo Dieese, os 23,5% das negociações restantes ficaram iguais ao INPC. Com isso, “a variação real média dos reajustes salariais de agosto foi de -0,28%”, disse o Dieese, ou seja, os trabalhadores do país tiveram perda salarial no mês passado.
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No acumulado do ano até agosto, a indústria teve o maior número de reajustes acima da inflação do país, chegando a 26,2% do total dos reajustes. Em contrapartida, as negociações abaixo do INPC totalizaram 33,7%, enquanto 40,1% ficaram iguais à inflação medida pelo índice.
Por sua vez, apenas 16,9% dos reajustes do comércio superaram a inflação nos sete primeiros meses deste ano. As negociações que ficaram iguais ao INPC somaram 52,0%, e os 31,1% dos reajustes restantes ficaram inferiores ao índice.
Contudo, o destaque negativo nesse período foi o setor de serviços. Em suma, 51,6% dos reajustes ficaram abaixo da inflação, ou seja, mais da metade dos trabalhadores do setor viram o seu poder de compra cada vez menor. A saber, 30,6% das negociações foram iguais ao INPC, enquanto 17,8% superaram a inflação.
Por falar nisso, o INPC acumula expressiva alta de 8,83% em 12 meses até agosto. O índice se refere às famílias que têm rendimento mensal de um a cinco salários mínimos.
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