Agentes da Polícia Civil prenderam sete pessoas, nesta quarta-feira (22), na cidade de São Paulo, capital. De acordo com a entidade, as prisões aconteceram durante uma operação que visou desarticular uma quadrilha que criou uma central de telemarketing usada para enganar clientes bancários e aplicar golpes em idosos de todo o Brasil.
Em nota, a corporação revelou que os presos têm entre 19 e 34 anos, sendo eles cinco homens e duas mulheres. Ainda conforme a polícia, dos capturados, dois são estudantes de engenharia e um de gestão financeira.
Para cometer os crimes, os bandidos se passavam por funcionários de instituições financeiras e, com isso, acabavam conseguindo informações secretas como senhas das vítimas para fazer saques, transferências bancárias e compras pela internet, um esquema parecido com a “golpe do motoboy”, caso relatado mais cedo pelo Brasil123.
No local em que a central do golpe do telemarketing funcionava, os agentes apreenderam sete computadores e nove celulares. Nesses computadores, constatou-se que os criminosos criaram uma lista com clientes de bancos que estavam separados por estado.
Nesta planilha, os integrantes do bando tinham informações como a cidade, o nome e endereço dos clientes, agências bancárias e até a renda mensal de alguns clientes. Além disso, eles também destacavam quais as pessoas que eles entraram em contado, mas não conseguiram enganar.
Quadrilha tinha um roteiro
De acordo com as investigações, a fim de mostrar credibilidade, os criminosos criaram um roteiro para tentar enganar as pessoas. Primeiro, eles perguntavam se foram os clientes que realizaram algumas contas em questão.
Quando as vítimas negavam o fato, eles recomendavam que elas digitassem a senha para que o cartão fosse cancelado. Ao digitar os números, os bandidos conseguiam identificar a senha, graças a um programa de computador e, com isso, passavam a fazer comprar com os dados dessas pessoas.
Agora capturados, os integrantes da quadrilha vão responder pelos crimes de estelionato e associação criminosa. Segundo a Polícia Civil, nenhum deles tinha passagens pela polícia.
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