PSOL quer candidato que estimule a violência fique inelegível e pague multa

Juliano Medeiros, presidente do PSOL, afirmou que vai ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedir para que a corte puna aqueles que incentivem a violência política. A declaração, feita após um integrante do PT ter sido morto por questões políticas em Foz do Iguaçu, no Paraná, foi feita nesta terça-feira (12) ao portal “UOL”.

Na ocasião, Juliano Medeiros afirmou que pretende conversar com Alexandre de Moraes, que assume o TSE em agosto, para discutir resoluções que tratem do assunto. “A gente pediu federalização do caso porque acha que tem que ter uma resposta contundente e dura”, começou o integrante do PSOL.

“Vamos ter uma reunião com Alexandre de Moraes pedindo que ele tome providências para punir o discurso de ódio nas eleições. Se cada candidato ou mandatário que falar de fuzilar ou jogar granadinha na reunião do adversário, como Bolsonaro falou, tomar uma multa de 1 milhão ou 2 milhões de reais, isso tende a diminuir um pouco”, explicou o presidente do partido.

Em outro momento, ele confessou que não é possível criminalizar o discurso de ódio. No entanto, ele afirma que o TSE é capaz de criar uma punição que pode até declarar a inelegibilidade de um político.

“Há um regramento eleitoral que não é constituído por lei. Pode ser definido pelo TSE. São resoluções eleitorais, disciplinando aspectos que não estão claros. Não tenho esperança de aprovar uma lei e instituir esse crime no código penal. Mas é possível tomar medidas sobre isso na lei eleitoral, aumentando multas e criando possibilidade de inelegibilidade”, explicou Juliano Medeiro.

Presidente do PSOL nas eleições

Recentemente, Juliano Medeiro teve seu nome ventilado como possível nome para ser vice de Fernando Haddad (PT), pré-candidato ao governo de São Paulo. No entanto, nesta terça, ele explicou que ainda não existe um acordo para que o PSOL apoie o candidato do PT.

Nesse sentido, Juliano Medeiro deixou claro que, caso esse acordo não aconteça, a legenda pretende lançar um nome ao Senado para concorrer com Márcio França (PSB) – ele, que é apoiado pelo PT, anunciou no final de semana passado que vai tentar uma vaga no Senado.

“No caso do PSOL não compor a chave com Haddad, o PSOL vai ter um candidato ao senado. Não sei quem foi do PT que falou que o Márcio França seria o único candidato do PT ao Senado. Se não chegarmos a um acordo, o PSOL lançará candidato ao senado”, prometeu Juliano, sem dar nomes específicos de quem seria esse candidato.

Leia também: Presidente do Senado diz que Lula e Bolsonaro têm responsabilidade de promover a paz no país

Alisson Ficher

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