O Senado pode votar na próxima quinta-feira (3) o projeto que estabelece regras para a distribuição das futuras vacinas contra a Covid-19. De acordo com o texto, a vacinação deverá priorizar os grupos mais vulneráveis à doença.
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A proposta foi apresentada pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e prevê que o programa de vacinação priorizará grupos de risco da Covid-19, “de acordo com parâmetros científicos” a serem estabelecidos em regulamento.
O relator do projeto é o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), que alterou o texto original, o qual detalhava dados que deveriam ser levados em consideração pela União para fins de distribuição dos imunizantes.
Para Nelsinho, “ao Congresso, por sua vez, cabe debater e fiscalizar as medidas implementadas pelo Poder Executivo nesse campo, mas não lhe é atribuído definir em detalhes tais medidas, que fogem ao escopo das decisões de cunho político”, afirmou o relator.
Paralelamente à discussão no Senado, o Supremo Tribunal Federal (STF) analisa ações que discutem se a vacinação contra a Covid deve ou não ser obrigatória. Atualmente, pelo menos onze vacinas estão em fase final de testes em todo o mundo. Quatro já apresentaram taxas satisfatórias de eficácia e de segurança
A corrida pela vacina
No Brasil, o Instituto Butantan, em São Paulo, desenvolve a vacina Coronavac em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. No Paraná, o governo local e a Rússia assinaram um acordo para desenvolvimento da vacina Sputnik V. No Distrito Federal, os testes têm sido feitos com a vacina belga, do laboratório Janssen.
O Ministério da Saúde, por sua vez, tem parceria para desenvolvimento e produção da vacina desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford, do Reino Unido.