Programa de carro popular do governo já usou 60% dos recursos

Segundo números divulgados pelo jornal Folha de S.Paulo, o programa de carro popular do governo já atingiu 60% dos recursos disponibilizados, o que totaliza o montante de R$300 milhões. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) deverá divulgar um novo balaço ainda nesta segunda-feira (19). Até o momento, 9 montadoras solicitaram adesão ao programa, sendo elas: Renault, Volks, Hyundai, Toyota, Nissan, Honda, Fiat, GM e Peugeot.

São mais de 266 versões de 32 carros que entraram no programa de desconto de carro popular do governo federal, resultando em descontos que variam entre R$2 mil e R$8 mil. Caso o consumidor queira verificar quais modelos estão dentro do programa e qual é o desconto individual de cada um deles, é possível acessar o site do MDIC e realizar uma consulta. As informações são atualizadas conforme as montadoras indicam os modelos que participarão do programa, desde que eles atendam os critérios definidos pelo programa.

Existia uma expectativa inicial de que os recursos disponibilizados pelo governo federal para o programa durassem algo entorno de 4 meses. No entanto, a adesão maior ao incentivo pode fazer com que o teto estipulado seja atingindo em menos de 1 mês. O limite de recursos do programa de carro popular do governo foi de R$500 milhões.

Lula teria solicitado extensão do programa de carro popular

De acordo com fontes internas, Lula teria solicitado ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que o incentiva seja prorrogado, visto que “foi um sucesso”. No entanto, oficialmente, o governo nega que a prorrogação dos descontos estejam no radar. Rui Costa, ministro da Casa Civil, a declaração de Lula durante a reunião foi uma “brincadeira” para celebrar o sucesso do programa do governo.

“Ele fez uma brincadeira, quando foi feito o relato pelo Alckmin de que o programa estava tendo um sucesso absoluto”, argumento Rui Costa. “Ele fez uma brincadeira, mas não está no planejamento do governo”, completou o ministro da Casa Civil. “Só esse sucesso mostra que se nós dermos a condição de crédito, baixarmos os custos financeiros para quem quer consumir, vai haver consumo no país, o varejo vai vender. Um pequeno estímulo como esse o resultado já é muito expressivo no começo”, disse.

Ônibus e caminhões também entraram no programa

O governo federal também criou um segmento para conceder descontos buscando a renovação da frota de caminhões e ônibus. Ao todo, 10 montadoras de caminhões aderiram ao programa e utilizaram R$100 milhões, o que equivale a 14% dos R$700 milhões disponibilizados para o segmento, sendo elas: Volkswagen Truck, Mercedes-Benz, Scania, Fiat Chrysler, Peugeot Citroen, Volvo, Ford, Iveco, Mercedez-Benz Cars & Vans e Daf Caminhões.

Já em relação aos ônibus, ao todo 9 fabricantes aderiram ao programa, sendo elas: Scania, Mercedes-Benz, Fiat Chrysler, Scania, Mercedes-Benz Cars & Vans, Ciferal, Comil, Marcopolo, Iveco e Volares. Foram solicitados aproximadamente R$90 milhões, o que equivale a 30% do teto disponível para o programa de crédito para os ônibus, que é de R$300 milhões. Ao soma os créditos disponibilizados para caminhões e ônibus com os descontos para carro popular, o governo concedeu R$1,5 bilhão em subsídios.