Profissionais em trabalho remoto concentram 17,4% do total de rendimentos em novembro

A pandemia da Covid-19 trouxe diversos impactos para a economia mundial e para as formas de trabalho. Uma delas foi o trabalho remoto, que atingiu os maiores níveis durante a fase mais aguda da pandemia. Em suma, isso aconteceu como forma de minimizar o contato entre os profissionais e promover o distanciamento social para conter o avanço do vírus. 

Nesse cenário, o mês de novembro contava ainda com 7,3 milhões de pessoas em home office. Isso equivale a 9,1% das 80,2 milhões de pessoas ocupadas no Brasil e não afastadas do trabalho. Em síntese, essa parcela de trabalhadores foi remunerada em R$ 32 bilhões no penúltimo mês do ano. Aliás esse montante corresponde a 17,4% da massa total de rendimentos efetivamente recebida, que chegou a R$ 183,5 bilhões no período. 

A saber, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta terça-feira (2). 

 

Três quartos dos trabalhadores remotos têm nível superior

De acordo com a pesquisa, cerca de 57,8% dos trabalhadores que estavam em home office eram mulheres. Além disso, 65,3% dos profissionais eram de cor branca e 31,8% possuíam idade entre 30 e 39 anos. Outro importante dado que mostra as características desta parcela está relacionado à escolaridade: 76% dos trabalhadores que atuavam de maneira remota em novembro tinham nível superior completo. 

Ao mesmo tempo, o levantamento também mostrou que 84,8% dos profissionais em home office possuíam um contrato de trabalho formal. Isso equivale a 6,2 milhões de pessoas. Por outro lado, 15,2% dos trabalhadores atuavam na informalidade, o que representa 1,1 milhão de pessoas. 

 

Veja outros dados do levantamento

Em resumo, 30% do trabalho remoto estava relacionado a atividades de serviços, seguido por setor público (16,4%), indústria (14,7%) e comércio (10,7%). Já em relação às regiões do Brasil, o Sudeste concentrou 58,3% dos trabalhadores remotos do país. Por fim, o Distrito Federal liderou o ranking por entes federativos (20%), superando a média nacional de profissionais em home office. Já o Pará ocupou a última posição no país, ficando com 3,1% das pessoas neste regime de trabalho. 

 

Por fim, vale ressaltar que as estimativas do levantamento do Ipea levam em consideração os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Covid-19) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

 

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Ruan Samarone

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