Produção industrial brasileira recua pelo terceiro trimestre seguido

A indústria brasileira começou o ano com um leve avanço de 0,2% em janeiro na comparação com o mês anterior. Nos três meses seguintes, houve apenas recuos, dos quais o mais intenso foi em março (-2,7%) devido à segunda onda da pandemia da Covid-19 no país. Em maio, a produção industrial voltou a subir (1,2%), mas agora acumula quatro retrações consecutivas, de junho a setembro.

A saber, estes resultados fizeram os três primeiros trimestres de 2021 chegarem ao fim no vermelho. Em resumo, o primeiro trimestre registrou uma leve queda de 0,7%, enquanto o segundo teve forte recuo de 3,0%. Agora, no terceiro trimestre, a produção industrial do país retraiu mais 1,7% na comparação com o trimestre imediatamente anterior.

Já na comparação com o terceiro trimestre de 2020, o recuo foi menos intenso, de 1,1%. Aliás, no comparativo anual, três das quatro grandes categorias econômicas da indústria brasileira caíram. Nesse caso, o recuo mais intenso ficou com os bens de consumo duráveis (-16,9%). Em seguida, vieram os bens de consumo semi e não-duráveis (-2,8%) e os bens intermediários (-2,0%).

Assim, a única exceção foram os bens de capital, que dispararam 27,3% e impediram que o recuo da produção industrial no terceiro trimestre fosse ainda mais expressivo. A propósito, todos estes dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A divulgação ocorreu nesta quinta-feira (4).

Indústria do país acumula avanço de 7,5% em 2021

De acordo com o IBGE, a produção industrial do Brasil acumula ganhos de 7,5% entre janeiro e setembro deste ano. Em suma, isso é resultado dos avanços nas quatro grandes categorias econômicas, bem como em 21 dos 26 ramos da indústria, em 58 dos 79 grupos e 68,4% dos 805 produtos pesquisados.

Entre as atividades, os maiores ganhos são de veículos automotores, reboques e carrocerias (35,1%), máquinas e equipamentos (33,8%), metalurgia (23,1%) e produtos de minerais não-metálicos (20,7%). Por outro lado, os principais impactos negativos vieram de produtos alimentícios (-7,6%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,7%).

Por fim, entre as grandes categorias econômicas, a maior alta veio de longe dos bens de capital (38,2%). Na sequência, ficaram os bens de consumo duráveis (13,1%), bens intermediários (5,9%) e bens de consumo semi e não-duráveis (2,5%).

Leia Mais: Percentual de famílias brasileiras endividadas bate novo recorde em outubro

Ruan Samarone

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