Produção de veículos no país tem leve alta em agosto, diz Anfavea

A produção de veículos cresceu 0,3% em agosto deste ano na comparação com o mês anterior. A saber, houve 164 mil unidades produzidas no Brasil no mês passado. Pelo menos é o que aponta a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que divulgou as informações nesta quarta-feira (8). 

De acordo com a Anfavea, a crise global de fornecimento de semicondutores continua limitando a produção de veículos desde o início do ano. Para se ter uma ideia, a produção ficou 21,9% menor que a registrada em agosto de 2020 (210 mil unidades). À época, o mundo ainda sofria para se recuperar do início da pandemia da Covid-19, decretada em março.

“Essa situação dos semicondutores traz uma enorme imprevisibilidade para o desempenho da indústria no restante do ano. Num cenário normal, estaríamos produzindo num ritmo acelerado nesta época, quando as vendas geralmente ficam mais aquecidas”, explicou o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.

“No ano passado, tínhamos boa produção no segundo semestre, mas uma demanda imprevisível em função da pandemia. Neste ano, temos a volta da demanda, mas infelizmente uma quebra considerável na produção”, acrescentou Moraes.

Além disso, a Anfavea reportou que o licenciamento de veículos em julho caiu tanto no comparativo mensal (-1,5%) quanto no anual (-5,8%). Houve 172,8 mil unidades licenciadas em agosto, pior resultado para o mês desde 2005. No entanto, a Anfavea destacou as vendas de SUVs, híbridos e elétricos.

Exportação de veículos dispara em maio

Ainda segundo a Anfavea, houve a exportação de 29,4 mil veículos em agosto deste ano, o que representa uma alta de 23,9% em relação a julho. Da mesma forma, o número de veículos enviados ao exterior também ficou maior que o visto em agosto de 2020, em 5,5%.

Por fim, a Anfavea ressaltou que a crise dos semicondutores reflete no estoque de veículos, que está cada vez menor. Em suma, havia 76,4 mil unidades disponíveis no início do mês, quantidade suficiente para apenas duas semanas de vendas. Por isso que há filas de espera para vários produtos do setor.

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