Presidente do Senado dá 48 horas para senadores ratificarem apoio a pedido de CPI de 8 de janeiro

Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado, determinou nesta quarta-feira (15) que senadores interessados na instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os atos criminosos de 08 de janeiro, em Brasília, ratifiquem o apoio à cúpula.

De acordo com o presidente da Casa, senadores interessados na CPI devem se pronunciar até a próxima sexta-feira (17), sendo que, segundo Rodrigo Pacheco, novas assinaturas em apoio ao pedido de CPI também serão aceitas.

“A presidência comunica às senadoras e aos senadores que será encaminhado hoje ofício aos subscritores do requerimento para que, caso queiram, ratifiquem suas subscrições de maneira eletrônica no prazo de 48 horas, ou seja, até o final do dia 17 de março, sexta-feira. Novas subscrições serão também aceitas no mesmo prazo”, declarou Rodrigo Pacheco.

CPI sobre os atos de 08 de janeiro

O pedido da CPI foi feito pela senadora Soraya Thronicke (União Brasil), que, assim como publicou o Brasil123, apelou ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a criação da comissão, que já atingiu o mínimo de 27 assinaturas previsto no regimento do Senado.

À corte, ela ressaltou que, em sua visão, há uma “motivação puramente política” do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em não instalar o colegiado.  “Nesta data, a maioria dos senadores pretende a instauração da CPI”, afirmou Soraya Thronicke em sua manifestação envida ao STF.

Até esta quarta, de uma lado, Rodrigo Pacheco afirmava que a senadora teria que revalidar as assinaturas coletadas por estarem agora em uma nova legislatura, iniciada em fevereiro – as assinaturas do atual requerimento começaram a ser coletadas ainda em janeiro, logo após os atos terroristas cometidos por apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Por outro lado, Soraya Thronicke argumentava que não existia uma possibilidade de revalidar as assinaturas em prol da CPI. Nesse sentido, ela chegou a afirmar que essa “dificultação” nada mais era do que uma tentativa do governo de atrasar o processo.

Além disso, ela também chegou a afirmar que o governo, contra a abertura de CPIs de grande relevância neste começo de gestão, para não atrapalhar a tentativa de aprovar pautas importantes, como a reforma tributária, estaria tentando “demover os senadores de continuarem apoiando a medida”.

Todavia, agora, com a possibilidade de os senadores revalidarem suas assinaturas, a expectativa é que a CPI alcance o número mínimo previsto do regimento da Casa, ficando assim sob responsabilidade de Rodrigo Pacheco a instauração da comissão.

Leia também: Deputados protocolam pedido na Câmara para instauração de CPI do MST

Alisson Ficher

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