Presidente do Banco Central diz que aumento do combustível impacta inflação, mas foi ‘decisão acertada’ do governo

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, afirmou nesta quarta-feira (16) que o reajuste dos combustíveis anunciado pela Petrobras vai impactar a inflação de 2023. No entanto, ele afirmou que a decisão do governo foi “acertada”.

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“Tivemos o reajuste dos combustíveis, que vai ter um impacto em 2023. Confesso que achei acertado. Não é bom ter distanciamento dos preços [internacionais], mesmo que o reajuste tenha impacto negativo [na inflação]. A gente acha que foi uma decisão acertada”, afirmou o presidente do Banco Central.

Na última terça-feira (15), Campos Neto disse que o reajuste anunciado pela Petrobras terá impacto de 0,4 ponto percentual na inflação de agosto e setembro. “Tem um impacto na inflação de 0,4 ponto percentual entre agosto e setembro. Impacto indireto na cadeia, no caso do diesel; mas da gasolina, direto no IPCA”, afirmou.

Esse aumento pode fazer com que o Brasil pode se afastar da banda de tolerância da meta de inflação para este ano (máximo de 4,75%). Conforme o Boletim Focus divulgado na segunda-feira (14), isto é, antes do reajuste da Petrobras, a estimativa para a métrica era de 4,84%.

Em nota, a Petrobras relatou que, com a consolidação dos preços de petróleo em outro patamar se fez necessário promover ajustes de preços para ambos os combustíveis. Isso, “dentro dos parâmetros da estratégia comercial, visando reequilíbrio com o mercado e com os valores marginais para a Petrobras”.

Ainda de acordo com a companhia, a estratégia comercial adotada em meados de maio tem por objetivo “evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio”.

Em nota, a Petrobras relatou que, considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,14 a cada litro vendido na bomba.

Já para o diesel, ainda conforme a nota da estatal, considerando a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,34 a cada litro vendido na bomba.

Por fim, a empresa ainda afirma que, ao acabar com a política de paridade de importação (PPI), a Petrobras adotou um método de cálculo de preços próprio. Isso, afirma a companhia brasileira, acaba por “estimular a competitividade no mercado” de combustíveis nacional.

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Alisson Ficher

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