Na CPI dessa quarta-feira (07), o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), determinou a prisão de Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de logística do Ministério da Saúde. O ex-funcionário, exonerado do Ministério em 29 de junho, foi acusado de pedir propina no governo Bolsonaro.
Em seu depoimento, Dias negou o recebimento de propina e disse não haver qualquer negociação de vacinas dentro da pasta, deixando importantes lacunas em seu discurso; por exemplo, o ex-diretor confirmou que se encontrou com o policial militar Luiz Dominguetti no dia 25 de fevereiro, mas negou cobrar o valor de US$ 1 por dose de vacina negociada pelo Ministério. Depois disso, argumentou que a Secretaria-Executiva da Saúde era a responsável pelas negociações.
Impaciente, o presidente da CPI decretou a prisão de Roberto Ferreira Dias e pediu que a polícia do Senado “recolhesse” o ex-diretor. Aziz também disse que Dias “está mentindo desde a manhã, dei chance para ele o tempo todo. Pedi por favor, pedi várias vezes, e tem coisa que não dá… os áudios que nós temos do Dominguetti são claros”.
Vale ressaltar que Aziz, assim como os outros senadores, têm acesso a documentos sigilosos e participam de sessões secretas da CPI; sendo assim, os parlamentares podem ter provas não divulgadas para prender inclusive outras pessoas investigadas.
Apesar da atitude acalorada do presidente da CPI, Omar Aziz nunca foi tão longe na comissão; ao contrário, ele costumava fazer papel de conciliador dos conflitos que apareciam. Em outro momento, o senador explicou que “nós [parlamentares da CPI] temos que ter muita cautela para que não pareça que aqui nós somos um tribunal que está ouvindo e condenando. Não é impondo a prisão de ninguém que a CPI vai dar resultado”.
A última amostragem do espírito pacificador de Aziz ocorreu na última quinta-feira (1°), quando os senadores pediram a prisão de Dominguetti por falso testemunho. Entretanto, o presidente da comissão negou os pedidos e disse estar tentando manter a paciência. Para justificar sua decisão, Aziz ainda falou a Dominguetti: “não tenho nenhuma intenção de prendê-lo; não irei lhe prender. Não irei lhe prender porque imagino suas filhas, seus filhos, sua esposa, lhe vendo neste momento. Aquilo que a gente não quer para a gente, a gente não deseja para os outros”.
Foram tantos pedidos de prisão negados que a CPI estava lentamente perdendo credibilidade, pelo menos até agora. Sendo assim, resta saber como a prisão de Roberto Ferreira Dias vai impactar o resto do processo.
Em depoimento dado à CPI na última quinta-feira (1°), Luiz Dominguetti acusou Luis Miranda (DEM-DF) de tentar negociar aquisição de vacinas contra a Covid diretamente com a empresa Davati Medical Supply. Dominguetti falou à CPI que o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Rodrigo Dias, pediu propina da empresa Astrazeneca. A negociação, intermediada pela Davati, previa US$ 1 por dose em um contrato de compra de 400 milhões de doses; a negociação geraria um montante ilícito de R$ 2 bilhões.
Agora, a CPI da Covid quer esclarecer o quanto antes qual foi a motivação do CEO da Davati no Brasil, Christiano Alberto Carvalho, a enviar ao Dominguetti um áudio do deputado Luis Miranda. O vendedor exibiu o áudio durante seu depoimento para provar o suposto envolvimento do deputado na negociação de vacinas contra a Covid, porém, a palavra “vacina” não é dita em nenhum momento e, por conta disso, os senadores passaram a questionar o que motivou a exibição da gravação.
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