Prejuízo da Ford cresce 64,7% com baixa contábil após saída do Brasil

Segundo o Economia IG,  o prejuízo da Ford aumentou ainda mais com os gastos para retirar a empresa do país. O estipulado é que gastem cerca de U$ 1,16 bilhões em despesas não monetárias. Só no quarto trimestre de 2020, perderam mais de US$ 2,8 bilhões. Somente de outubro a dezembro, a receita da montadora teve recuo em 9%.

A Anfavea, afirmou que a principal causa do ocorrido é as altas tributações brasileiras que chegam a 55% no valor total do veículo. Para eles, a porcentagem máxima deveria ser de 22%, assim como ocorre na Europa. Outra causa é o dólar em que, constantemente está tendo altas, já ultrapassando o valor de R$ 5,43. Para quem realiza importações, o custo para pagar em dólar deixa a produção cara, ainda mais quando se trata de um carro de entrada. 

O prejuízo operacional, também conhecido como EBIT, chegou a US$ 105 milhões na América do Sul. Esse valor é 40% menor que em relação ao ano anterior de operações. Sem contar ainda com a receita que chegou a diminuir 10%, alcançando o valor de US$ 900 milhões. Não foi somente no Brasil que a montadora teve prejuízos: na América do Norte chegou a queda de 13% enquanto na China ultrapassou os 17%. 

No Brasil, já foram mais de cinco mil pessoas mandadas embora e que atualmente estão desempregadas. Uma carga ainda maior para os 14 milhões de desempregados no país. 

Passando para outros investimentos

Apesar do prejuízo da Ford, ainda pretendem investir cerca de US$ 1,05 bilhão (cerca de R$ 5,6 bilhões) na modernização da fábrica Silverton, na América do Sul. O intuito é melhorar as ferramentas e fornecedores para que possam produzir o melhor material. Será lá que irão produzir os novos modelos de Ford Ranger e também da Volkswagen Amarok.

Vale ressaltar que a fábrica em Silverton já existe desde o ano de 1967 e produzem o Mazda BT-50. Esses investimentos devem aumentar a capacidade de produção de 168.000 veículos/ano para 200.000 veículos/ano. Ao analisar os postos de pintura, lataria, montagem e estamparia, acredita-se que sejam lançados mais de 1200 novos empregos. 

Apesar do investimento realizado na África do Sul, a Ranger brasileira continuará sendo importada da Argentina. Contudo, o que acreditam é que o país argentino não irá mais produzir a Volkswagen Amarok, tendo que ser importada. 

 

Daiane Souza

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