Preços do setor de metalurgia estão 42,13% mais caros em 2021

Os preços do setor da metalurgia ficaram 1,21% mais caros em setembro na comparação com o mês anterior. A saber, a atividade não exerceu uma das maiores influências no Índice de Preços ao Produtor (IPP) em setembro, mas continuou se destacando no acumulado do ano.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quarta-feira (27). Em resumo, a metalurgia é apenas um dos componentes da taxa geral do IPP, que variou 0,40% em setembro, taxa bem inferior a de agosto (1,89%).

Com o avanço registrado no mês passado, a metalurgia registrou o 15º aumento consecutivo em relação ao mês anterior. Aliás, o setor passou a acumular uma alta expressiva de 42,13% entre janeiro e setembro. Isso aconteceu, principalmente, por causa das expressivas variações em janeiro (6,10%), fevereiro (8,35%) e março (5,92%).

Já em relação ao acumulado dos últimos 12 meses, os preços registram um crescimento ainda maior, de 55,18%. Segundo o IBGE, os preços do setor acumulam variação de 87,76% entre dezembro de 2018 e setembro de 2021. Inclusive, a variação em dezembro de 2018 é a base da amostra atual.

Vale destacar que o IPP analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete. Para chegar a este resultado, o indicador mede a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.

Ao mesmo tempo, o levantamento engloba informações por segmentos, como atividades e categorias econômicas. Dessa forma, abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise. 

Veja o que vem impulsionando os preços do setor

De acordo com o IBGE, a alta acumulada nos últimos meses é resultado de uma combinação de fatores envolvendo os grupos siderúrgicos e o de materiais não ferrosos. No primeiro caso, há uma relação direta com os preços do minério de ferro e a valorização do dólar frente o real. Já em relação ao grupo de materiais não ferrosos, há uma ligação direta com as cotações das bolsas internacionais.

Em termos de variação, os preços da metalurgia dispararam nos últimos 12 meses, ficando atrás apenas da atividade de refino de petróleo e produtos de álcool (64,33%). Outros fortes avanços vieram de outros produtos químicos (51,83%) e indústrias extrativas (49,71%).

Por fim, o setor metalúrgico exerceu a quarta maior influência nos resultados do IPP acumulados no ano (2,75 ponto percentual), bem como no acumulado dos últimos 12 meses (3,48 p.p.).

Leia Mais: Twitter encerra terceiro trimestre com prejuízo de US$ 536,7 milhões

Ruan Samarone

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