Preços das indústrias extrativas do país ficam 10,70% mais caros em janeiro

Os preços das indústrias extrativas brasileiras registraram uma alta expressiva de 10,70% em janeiro deste ano, na comparação com o mês anterior. A saber, o setor caiu 1,28% em dezembro, emendando a segunda queda seguida, já que em novembro também caiu (-2,05%). Assim, com o resultado de janeiro, voltou ao campo positivo. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta semana.

Vale ressaltar que, apesar das quedas verificadas nos últimos meses do ano, o setor encerrou 2020 com uma disparada incrível de 45,35%. Agora, com o acréscimo do avanço de janeiro, as indústrias extrativas acumulam uma variação de 52,91% nos últimos 12 meses. Esta é a maior taxa das indústrias extrativas já registrada pela série histórica, iniciada em dezembro de 2014. A propósito, o nível de janeiro representa um crescimento de 7,16 ponto percentual (p.p.) em relação a dezembro do ano passado.

O resultado dos preços das indústrias extrativas é um dos componentes da taxa geral do Índice de Preços ao Produtor (IPP). Nesse caso, o indicador analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, ou seja, o IPP mede a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação. Em suma, o levantamento engloba informações por segmentos, como atividades e categorias econômicas. Dessa forma, abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também são analisados.

Veja o que puxou a alta dos preços

De acordo com o IBGE, o aumento dos preços em janeiro recebeu bastante impulso da depreciação de 4,1% do real ante o dólar. Assim, com a disparada no mês, as indústrias extrativas tiveram a maior alta no começo de 2021 (10,70%), bem como exerceu a maior influência no resultado do Índice de Preços ao Produtor (IPP), contribuindo com 0,59 p.p.

Por fim, vale ressaltar que o resultado também aconteceu em linha com o comportamento dos preços de “óleo bruto de petróleo” e dos dois produtos de minério de ferro no mercado externo.

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