População subocupada do país bate recorde no trimestre encerrado em julho

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (30) os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. E os dados mostraram que a população subocupada do Brasil bateu novo recorde no trimestre encerrado em julho deste ano.

Em resumo, a população subocupada é composta por pessoas subutilizadas em seu trabalho, ou seja, que poderiam trabalhar mais do que realmente o fazem. Aliás, o IBGE traz a denominação “população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas”.

Para calcular o número de pessoas subocupadas, a PNAD Contínua calcula qual é a população ocupada do país. Em suma, essa denominação se refere às pessoas que realizam suas atividades durante horários normais de trabalho. Ou seja, não são subutilizadas, como no caso da população subocupada.

De acordo com o IBGE, o crescimento da população subocupada vem sendo registrado desde o trimestre móvel encerrado em outubro do ano passado. Em síntese, a pandemia da Covid-19 está aumentando mais a população subocupada do Brasil em vez da ocupada.

IBGE registra acréscimo de mais de 500 mil pessoas subocupadas

A saber, a população ocupada cresceu 3,6% em relação ao trimestre de fevereiro a abril deste ano, o que representa uma elevação de 3,1 milhões de pessoas. Já no comparativo anual, o número cresceu 8,6%, acréscimo de 7,0 milhões de pessoas ocupadas no país.

Por sua vez, a população subocupada disparou 7,2% no comparativo trimestral (520 mil pessoas a mais). Já em relação ao mesmo período do ano passado, o salto chegou a expressivos 34,0%, o que equivale a 2,0 milhões de pessoas. No total, havia 7,7 milhões de pessoas subocupadas no país no trimestre móvel encerrado em julho deste ano.

Já a população subutilizada totalizou 31,7 milhões de pessoas, queda de 4,7% (queda de 1,6 milhão pessoas). Já em relação ao mesmo período de 2020, a taxa caiu 3,6%, ou 1,2 milhão de pessoas a menos nessa condição, visto que a população subutilizada no período alcançava 33,3 milhões de pessoas.

Por fim, a taxa composta de subutilização ficou em 28,0%, queda de 1,6 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre móvel anterior (29,7%). Além disso, quando comparada ao trimestre de maio a julho de 2020, a taxa caiu 2,1 p.p., pois a taxa estava em 30,1% no período.

Leia Mais: Incerteza econômica do país dispara em setembro, aponta FGV

Ruan Samarone

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