População subocupada do país bate recorde no segundo trimestre

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (31) os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua). E os dados mostram que a população subocupada do Brasil bateu novo recorde no segundo trimestre deste ano.

Em resumo, a população subocupada é composta por pessoas subutilizadas em seu trabalho, ou seja, que poderiam trabalhar mais do que realmente o fazem. Aliás, o IBGE traz a denominação ‘população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas’.

Para calcular o número de pessoas subocupadas, a PNAD Contínua calcula qual é a população ocupada do país. Em suma, essa denominação se refere às pessoas que realizam suas atividades durante horários normais de trabalho, ou seja, não são subutilizadas, como no caso da população subocupada.

De acordo com o IBGE, o crescimento da população subocupada vem sendo registrado desde o trimestre móvel encerrado em outubro do ano passado. Em síntese, a pandemia da Covid-19 vem provocando um crescimento maior da população subocupada, quando comparada à ocupada. Veja abaixo os números.

IBGE registra acréscimo de mais de 500 mil pessoas subocupadas

A saber, a população ocupada cresceu 2,5% em relação ao primeiro trimestre , o que representa uma elevação de 2,1 milhões de pessoas. Já no comparativo anual, o número cresceu 5,3%, acréscimo de 4,4 milhões de pessoas ocupadas no país.

Por sua vez, a população subocupada disparou 7,3% no comparativo trimestral (511 mil pessoas a mais). Já em relação ao mesmo período do ano passado, o salto chegou a expressivos 34,4%, o que equivale a 1,9 milhão de pessoas. No total, havia 7,5 milhões de pessoas subocupadas no país no segundo trimestre.

Já a população subutilizada totalizou 32,2 milhões de pessoas, queda de 3,0% (queda de 993 mil pessoas). Já em relação ao mesmo período de 2020, a taxa manteve estabilidade (31,9 milhões).

Por fim, a taxa composta de subutilização ficou em 28,6%, queda de 1,1 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre anterior (29,7%). Além disso, quando comparada ao mesmo trimestre do ano passado, a taxa cresceu, pois eram 31,9 milhões de pessoas nessa condição. No entanto, para fins estatísticos, isso representa estabilidade.

Leia Mais: Contas públicas encerram julho com déficit de R$ 10,3 bilhões

Ruan Samarone

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