População subocupada atinge 6,6 milhões no trimestre encerrado em abril

O mercado de trabalho brasileiro continua se recuperando em 2022 dos impactos provocados pela pandemia da covid-19. No primeiro trimestre deste ano, o Brasil criou 619,8 mil empregos no país. E um mercado de trabalho forte é um grande indicador da retomada econômica do país.

Nesta terça-feira (31), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que a taxa de desemprego caiu para 10,5% no trimestre encerrado em abril. A saber, o país tinha 11,5 milhões de desempregados entre fevereiro e abril de 2022, taxa bem menor que os 14,9 milhões de desempregados no mesmo período do ano passado.

Embora os dados reflitam a recuperação do mercado de trabalho, ainda há indicadores que precisam melhorar significativamente. De acordo com o IBGE, a população subocupada atingiu 6,6 milhões de pessoas no período, queda de 10,0% em um ano (menos 730 mil pessoas).

Em suma, a forte retração foi positiva, mas ainda há muita gente subocupada no país. Por falar nisso, a população subocupada é composta por pessoas subutilizadas em seu trabalho, ou seja, que poderiam trabalhar mais do que realmente o fazem.

População subocupada impacta economia do país

Apesar de a pandemia agravar a situação, a taxa da população subocupada já estava bem alta no Brasil. Com a chegada da crise sanitária, diversos profissionais sofreram com cortes de salário e jornada de trabalho. Tudo isso agravou o quadro da subocupação no país.

Nem todos sabem, mas a subocupação prejudica a recuperação do consumo, principal motor de crescimento da economia. Segundo especialistas, a pessoa subocupada trabalha menos do que gostaria e tende a receber uma remuneração igualmente menor. Assim, sua renda diminui e ela tem mais dificuldades para manter o mesmo padrão de consumo de antes.

Em outras palavras, o brasileiro deixa de gastar, já que o seu poder de compra está reduzido, e isso desaquece a economia. Contudo, os investimentos nas atividades econômicas acontecem de maneira mais forte quando a economia está aquecida. Por isso, reduzir a subocupação no país é um grande passo para ver a economia crescer.

Leia Também: Inflação aumenta incerteza econômica no Brasil, diz FGV

Ruan Samarone

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