População subocupada atinge 6,6 milhões em fevereiro

O mercado de trabalho brasileiro vem se recuperando dos fortes impactos provocados pela pandemia da Covid-19. De acordo com os dados divulgados ontem (30) pelo Ministério do Trabalho e Previdência, o país criou 328,5 mil empregos formais em fevereiro.

Nesta quinta-feira (31), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que a taxa de desemprego ficou em 11,2% no trimestre móvel de novembro de 2021 a fevereiro deste ano. A saber, o país tinha 12 milhões de desempregados no mês passado, taxa bem menor que os 14,9 milhões de desempregados no final de fevereiro de 2021.

Em suma, estes dados evidenciam a recuperação do mercado de trabalho do país. Aliás, o IBGE também revelou que a população subocupada do país atingiu 6,6 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro. No mesmo período de 2021, havia 944 mil pessoas a mais nesta condição no Brasil.

Por falar nisso, a população subocupada é composta por pessoas subutilizadas em seu trabalho, ou seja, que poderiam trabalhar mais do que realmente o fazem.

População subocupada impacta economia do país

A pandemia da Covid-19 impulsionou os números da população subocupada no país. Os dados já vinham ganhando força antes mesmo da crise sanitária, mas a chegada do coronavírus provocou a perda de milhões de empregos. Além disso, diversos profissionais sofreram com cortes de salário e jornada de trabalho. Tudo isso agravou o quadro da subocupação no país.

Segundo especialistas, o número elevado de pessoas subocupadas no Brasil prejudica a recuperação do consumo, principal motor de crescimento da economia.

Em suma, a pessoa subocupada trabalha menos do que gostaria e tende a receber uma remuneração igualmente menor. Assim, sua renda diminui e ela enfrenta mais dificuldades para manter o mesmo padrão de consumo de antes.

“Para uma recuperação do mercado de trabalho, não basta apenas reduzir a taxa de desemprego. Os subocupados até estão trabalhando, mas gostariam de trabalhar mais e não conseguem”, destaca o economista Rafael Cagnin, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), para a ‘Folha de S.Paulo’.

“A pessoa está fora da taxa de desemprego, mas se encontra em uma situação que não é confortável. Essa situação não permite a recomposição do padrão de consumo pré-crise”, acrescenta Cagnin.

Embora os dados estejam melhorando, a população subocupada no país ainda é bastante expressiva. Estudiosos afirmam que esta situação precisa mudar para que o crescimento econômico do país se fortaleça.

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Ruan Samarone

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