População desalentada no Brasil dispara 18,7% em um ano

A população desalentada no Brasil disparou 18,7% no trimestre móvel encerrado em abril, quando comparada ao nível observado no mesmo período de 2020. Em números absolutos, a população desalentada atingiu 6,0 milhões de pessoas no país e manteve o recorde da série histórica iniciada em 2012.

A saber, o nível ficou estável em relação ao trimestre móvel anterior, de novembro de 2020 a janeiro de 2021. Já o percentual de desalentados registrou alta de 0,9 ponto percentual (p.p.) na comparação com o mesmo trimestre do ano passado. Dessa forma, passou de 4,7% entre fevereiro e abril de 2020 para 5,6% no mesmo período deste ano. Já em relação ao trimestre móvel anterior, a taxa, mais uma vez, ficou estável.

Todos esses dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A divulgação das informações aconteceu nesta quarta-feira (30).

Em resumo, a pandemia da Covid-19 figura como a principal razão para esses resultados negativos na comparação anual. A crise sanitária vem impactando o mundo há mais de um ano e ainda continua atingindo altos índices no Brasil. Apesar disso, vale destacar a estabilidade dos indicadores em relação ao trimestre móvel anterior, o que indica que a crise sanitária não vem afetando o país mais fortemente do que nos meses anteriores.

Nível da ocupação cai no trimestre

Além disso, o IBGE também informou que o nível da ocupação atingiu 48,5% da população. A saber, houve queda de 0,2 p.p. em relação ao trimestre móvel anterior, enquanto o tombo ficou ainda maior na comparação com o mesmo trimestre de 2020 (-3,1 p.p.).

Em suma, este indicador mostra o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar. A propósito, a população ocupada no país teve queda de 3,7% na comparação interanual. Isso equivale a 3,3 milhões de pessoas a menos nessa condição no Brasil.

Por fim, o IBGE informou que a taxa de desemprego no Brasil permaneceu em 14,7% no trimestre móvel, aumento de 0,4 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre móvel anterior e de 2,1 p.p. na comparação com o mesmo trimestre de 2020.

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