Policial aposentado é condenado a 22 anos pela morte de Eliza Samudio

O tribunal do júri condenou, na noite de quinta-feira (26), José Lauriano de Assis Filho, o Zezé, policial civil aposentado, pelo homicídio de Eliza Samudio. Ao todo, o réu, que também foi condenado pelo sequestro de Bruninho, filho do goleiro Bruno com a modelo, foi penalizado a 22 anos de prisão.

De acordo com as informações, o júri teve duração de 13h e aconteceu no Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais.

No julgamento, onze pessoas foram ouvidas. Dentre essas testemunhas, estiveram indivíduos como o goleiro Bruno Fernandes e Luiz Henrique Ferreira Romão, mais conhecido como Macarrão – os dois participaram por videoconferência.

A denúncia contra o policial

Segundo o Ministério Público (MP) de Minas Gerais, em junho de 2010, o policial sequestrou Eliza Samudio e o filho da moça com o goleiro Bruno, à época com quatro meses, após ordens dadas pelo arqueiro e por Macarrão.

Depois do sequestro, Zezé ainda manteve Eliza e o bebê em cárcere privado durante cerca de uma semana – no fim, ela acabou sendo assassinada.

Segundo as investigações, o policial aposentado ajudou Marcos Aparecido de Souza, o Bola, a assassinar Eliza Samudio, e depois teria convencido o adolescente Jorge Luiz Lisboa Rosa a ajudá-lo esconder o corpo da vítima, que nunca foi encontrado.

Antes da condenação da Justiça, o Zezé chegou a ser preso, isso em 2015. Como ele não se apresentou, passou a ser foragido. Ainda naquele ano, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) concedeu um habeas corpus ao policial e ele passou a ter o direito a responder ao processo em liberdade.

Com a condenação de Zezé, ele passa a integrar o grupo de condenados pela morte de Eliza Samudio. Além dele, o goleiro e bola, foram condenados a 22 anos de prisão, Macarrão a 15,  e Elenilson da Silva e Wemerson Marques, o Coxinha, a três anos.

Fernanda Castro, que era namorada de Bruno, também foi condenada a três anos. Todavia, ela obteve na Justiça o benefício de ter sua pena substituída por prestação pecuniária e de serviços à comunidade.

Leia também: Homem mata ex-namorada e é morto pelo ex-cunhado em SC