A policial civil Patrícia Novaes da Silva Melo esteve no local de trabalho da estudante de Direito Isadora Calheiros Gomes Pedrosa, de 25 anos, um dia antes de matá-la com um tiro no rosto, revelou nesta segunda-feira (20) a Polícia Civil.
De acordo com a entidade, a agente, que era inspetora da Polícia Civil, esteve na autoescola no dia 25 de novembro a procura da estudante, que trabalhava como secretária no local. Um dia depois, conforme publicou o Brasil123, foi a vez de Isadora ir procurar a policial. Na ocasião, a jovem foi até Queimados, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro e, após uma discussão com a agente, ela acabou sendo assassinada.
Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), a policial estaria armada ao atender a estudante. “Uma discussão teve início e pouco depois houve o disparo, que atingiu Isadora na cabeça”, relembrou o órgão, que também relatou que a jovem chegou a ser socorrida, mas não resistiu ao ferimento e morreu.
Policial está foragida
O juiz do Tribunal do Júri da Comarca de Queimados decretou a prisão preventiva da inspetora. No entanto, passados quase um mês do caso, a policial ainda não apareceu e é considerada foragida da Justiça.
Para o MPRJ, o crime da policial contra Isadora foi praticado por motivo torpe e sem chance de defesa para a vítima. Conforme as investigações, a morte ocorreu porque a acusada descobriu que Isadora manteve um relacionamento de um ano com o seu marido.
Neste meio tempo, o homem chegou a abrir empresa de proteção veicular no nome de Isadora. Além disso, de acordo com o Ministério Público, ele também teria usado as economias e o crédito da jovem para tentar erguer o negócio.
Traição descoberta
A descoberta sobre a traição aconteceu no início deste ano e culminou no fim da relação extraconjugal. De acordo com as investigações, a mulher fez o marido até demitir Isadora da empresa cujo patrimônio havia sido construído com suas economias.
Alguns dias depois do assassinato, o advogado da agente, Igor Carvalho, afirmou que a cliente não tinha intenção de matar a estudante, que deixou uma filha de dois anos, e que chegou a socorrer a vítima levando-a para uma unidade de saúde.
Leia também: Professor da USP é encontrado morto após dias desaparecido