A agente da Polícia Civil Carla Patrícia Novaes da Silva de Melo não precisará mais se entregar para a Justiça, pois a mesma revogou, nesta quarta-feira (22), o pedido de prisão que havia em desfavor da mulher, que é acusada de ter matado a jovem Isadora Calheiros Gomes Pedroza com um tiro no rosto.
Policial acusada de matar jovem visitou vítima no trabalho
Até a decisão da Justiça do Rio de Janeiro, a policial era considerada foragida, pois, apesar de ter confessado o crime, a mulher recebeu o mandado de prisão, mas não se entregou. Agora, ela não precisa mais se esconder, pois responderá em liberdade.
O pedido de prisão havia sido expedido no último sábado (18) por Luís Gustavo Vasques, juiz titular da Vara Criminal da Comarca de Queimados, no Rio de Janeiro, onde o crime aconteceu.
No entanto, nesta quarta, a decisão do magistrado foi derrubada pela desembargadora Daniela Brandão Ferreira, do Plantão Judiciário, que decidiu que a policial deve responder pelo crime em liberdade.
Em sua decisão, a magistrada afirmou que, “ao menos por ora”, a prisão preventiva se mostra desproporcional, segundo ela, porque fere o “princípio da homogeneidade”.
Nas redes sociais, Igor Carvallho, advogado da policial, afirmou estar aliviado, mas se recusou a comemorar, visto que o caso culminou na morte de uma jovem. “Embora esteja aliviado, não há o que se comemorar: uma jovem perdeu sua vida e uma mãe foi lançada no sombrio mundo dos acusados”, afirmou.
Morte da jovem
A morte de Isadora aconteceu em novembro deste ano, após, de acordo com as investigações, a policial ter descoberto que seu marido estava tendo um caso com ela, que era estudante de Direito e trabalhava como secretária em uma autoescola de Queimados.
No dia do crime, Isadora foi até à casa da acusada. As duas discutiram e a agente acabou dando um tiro no rosto da vítima, que foi socorrida pela própria suspeita, segundo o advogado dela, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
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