Policiais argentinos cercam residência do governo em protesto
De acordo com as informações oficiais, centenas de policiais cercaram a casa oficial do governo da província. Eles querem aumento de salário
Centenas de policiais argentinos realizaram um grande protesto na tarde desta quarta-feira (9). De acordo com as informações oficiais, os agentes cercaram a casa oficial do governo de Buenos Aires, na Argentina.
Essa casa fica na cidade de Oliva. No momento, o presidente da Argentina, Alberto Fernández estava no local. Ele estava junto com o seu aliado político Axel Kiccillof. Trata-se portanto do governador de Buenos Aires.
Os policiais querem um aumento de salário. Mas não seria qualquer aumento. Eles querem um reajuste de 56%. Seja como for, o governo da província ofereceu apenas 30%. Essa situação acabou enfurecendo ainda mais os policiais.
O fato é que esses protestos estão acontecendo desde a última segunda-feira (7). Mas o ápice aconteceu mesmo nesta quarta-feira (9). Esse protesto acabou circulando nas redes sociais. A imprensa internacional noticiou o fato.
Essa série de protestos acontecem em plena pandemia do novo coronavírus. A Argentina foi um dos países que impuseram uma quarentena mais longa. Muitas pessoas ainda estão fazendo piadas sobre isso.
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Na Argentina, quase 10 mil pessoas morreram por causa da pandemia do novo coronavírus. O número é alto mas é mais baixo do que a versão brasileira. Aliás, isso mesmo se considerarmos os números relativos por número de habitantes.
Policiais na Argentina
Alberto Fernández já se pronunciou sobre os protestos. Ele disse que está disposto a ajudar na situação. Pelas leis argentinas, a questão do salário dos policiais é portanto de responsabilidade da província e não do governo federal.
Seja como for, Fernández disse que pode ajudar inclusive financeiramente com a situação. Mas mesmo dizendo que pode fazer isso, o presidente condenou a forma como os policiais protestaram na quarta (9).
“Nós não vamos aceitar essa forma de protesto”, disse o presidente. “Eu peço democraticamente e amigavelmente que deixem de fazer essa forma de protesto”, completou Alberto Fernández. O governo espera por um novo acordo em breve. Mas não há uma data.
Líderes latinos de esquerda criticaram o protesto. Eles afirmam que pode se tratar de um golpe. Líderes de direita apoiaram o protesto. Eles culpam o presidente. Seja como for, o tema segue no debate. O mundo olha para a Argentina.