Uma operação foi deflagrada nesta terça-feira (08) com o intuito de prender acusados por crimes de violência contra mulheres no Rio de Janeiro. De acordo com a Polícia Civil, a ação, executada no Dia Internacional da Mulher, resultou na prisão de 41 pessoas – a expectativa é que este número cresça ao longo das próximas atualizações.
Condomínios podem ser obrigados a denunciar violência contra mulheres
Segundo a entidade, um desses presos é Wellington Samuel Soares, um homem que estava foragido da Justiça e é acusado de ter queimado 70% do corpo de uma ex-companheira. Conforme explica Viviane Costa, delegada à frente da operação, o suspeito foi denunciado neste mês de março por mais duas ex-companheiras.
“As vítimas relataram as violências e, com isso, foi possível constatar que o acusado sempre agia da mesma maneira: violentava, agredia e ameaçava. E essas três companheiras dele viviam numa opressão tremenda”, disse a delegada.
De acordo com Viviane Costa, a ação, intitulada Operação Resguardo, está sendo comandada pelo Departamento-Geral de Polícia de Atendimento à Mulher (DGPAM) e faz parte de uma força-tarefa nacional que tem como objetivo combater os crimes de violência contra a mulher.
Operação começou em fevereiro
Nesta terça, acontece o desdobramento da operação que, na realidade, iniciou-se no dia 07 de fevereiro deste ano. De lá para cá, já foram 272 suspeitos presos por crimes supostamente cometidos contra as mulheres – alguns foram presos em flagrante e outros foram capturados por conta de mandados de prisão abertos em seus nomes.
A importância da denúncia
Em entrevista à “TV Globo”, Sandra Otnellla, que é diretora das delegacias da mulher, afirmou que o ato de denunciar é fundamental, pois representa o começo de um processo de libertação para a vítima. Mais importante que isso, conta a delegada, é prender o agressor e acabar com o ciclo vicioso de violência.
“Esse último Dossiê Mulher, que é de 2020, mostra 78 vítimas de feminicídio e dessas apenas 9 tinham medidas protetivas. Acho que é um recado muito claro que tem que ficar para as mulheres é que elas precisam procurar ajuda, é que buscar essa ajuda pode evitar que o crime maior aconteça, que é realmente o feminicídio”, diz a agente pública.
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