O terrível incêndio que acabou com mais de 36 mil hectares de vegetação, e durou mais de dez dias na Chapada dos Veadeiros, em Goiás, não foi um acidente, apontou uma investigação minuciosa feita pela Polícia Civil. Em nota, a entidade revelou que, por conta da tragédia ambiental, registrada em setembro deste ano, quatro pessoas foram indiciadas pela entidade por terem colocado o fogo no local em setembro deste ano.
Segundo a corporação, esses acusados, que não tiveram seus nomes revelados, são os suspeitos de terem colocado fogo em três focos diferentes na região. Ainda conforme a Polícia Civil, foram concluídos três inquéritos. Em um deles, a polícia afirma que pôde se constatar que um dos focos começou quando dois dos suspeitos, ao manusearem materiais de construção, provocaram acidentalmente chamas no Condomínio Vale Azul, em Alto Paraíso de Goiás, noroeste do estado.
Por outro lado, em outras duas investigações, foi possível concluir, segundo a entidade, que os incêndios foram intencionais. “Um deles foi em uma estrada vicinal que dá acesso ao distrito de São Jorge, em um lixão”, explicou a corporação, que revelou que o outro, mais grave, aconteceu na Fazenda Cascata. Nesse último foco, mais de 14 mil hectares foram destruídos.
Conforme as apurações, o incêndio na região começou no Vale da Lua, no dia 12 de setembro. Na ocasião, agentes do Corpo de Bombeiros, e também brigadistas, foram acionados para retirarem os turistas que estavam no local e ficaram cercados pelas chamas.
Ao todo, foram quase duas semanas de equipes, e até aviões, se revezando nos combates aos focos que foram surgindo, em várias regiões da chapada. A luta contra o fogo só foi terminar no dia 24, quando uma forte chuva caiu na região.
Leia também: Desmatamento: primeiro semestre teve maior área sob alerta em 6 anos na Amazônia