Polícia Federal prende suspeito de ensinar tática de guerrilha a bolsonaristas radicais

Agentes da Polícia Federal (PF) prenderam nesta quinta-feira (23), no Distrito Federal, um homem acusado de ter incentivado os atos antidemocráticos ocorridos em Brasília no 08 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes – Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Palácio do Planalto.

De acordo com informações da “TV Globo”, o homem, que teria ficado com a função de administrar o dinheiro usado para financiar as ações golpistas, foi identificado como sendo o major da reserva da Polícia Militar (PM) Claudio Mendes dos Santos.

Ainda conforme a emissora carioca, as investigações feitas pela Polícia Federal constataram que, além das funções já relatadas, o major da reserva tinha como responsabilidade ensinar táticas de guerrilha aos apoiadores radicais do ex-presidente Bolsonaro que estavam acampados em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília e pretendiam participar dos atos de depredação e vandalismos sem precedentes na história do Brasil.

A prisão efetuada pela Polícia Federal

Segundo a corporação, a prisão do acusado aconteceu no âmbito da nona fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada com o objetivo de continuar as investigações sobre os atos antidemocráticos que resultaram na invasão e depredação do Palácio do Planalto, do Congresso e do STF.

O major da reserva, que teve um mandado de prisão expedido em seu desfavor, foi encontrado por agentes da Polícia Federal na região do Riacho Fundo. A fase anterior da operação Lesa Pátria foi registrada na semana passada, quando a PF cumpriu 32 mandados de prisão e 46 de busca e apreensão de envolvidos nos atos antidemocráticos.

Presos pelos atos de 08 de janeiro

Na semana passada, o STF concluiu a análise das prisões de todos os acusados que foram detidos logo nos dias seguintes aos atos terroristas na Esplanada dos Ministérios, sejam eles capturados em flagrante ou durante as primeiras fases da operação Lesa Pátria.

Hoje, o relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao analisar individualmente as supostas ações dos acusados, o membro da Suprema corte optou por rejeitar pedidos de liberdade de 86 mulheres e 208 homens que tiveram as condutas consideradas mais graves.

Com isso, esses 294 suspeitos foram mantidos em prisão preventiva. De acordo com informações do próprio Supremo Tribunal Federal, grande parte dos acusados devem responder por crimes graves, como dano qualificado, abolição violenta do Estado de Direito e golpe de Estado.

Leia também: Aliados apontam Rodrigo Pacheco como opção ao STF

Alisson Ficher

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