Uma operação da Polícia Civil realizada nesta quarta-feira (09) com o intuito de desarticular uma milícia culminou na prisão de 17 pessoas na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Em nota, a corporação relatou que a ação teve como objetivo capturar milicianos e ainda asfixiar as fontes de renda e interromper comércios e serviços ilegais que geram um grande lucro e são explorados pela organização criminosa.
Milicianos fortemente armados gravam vídeo desafiando grupo rival no Rio
Conforme explicou a Polícia Civil, entre os presos na operação, está o narcomiliciano Grileiro, que é acusado de ser ligado ao grupo de Danilo Tandera. Assim como publicou o Brasil123, Tandera se tornou o miliciano mais procurado do Rio de Janeiro depois da morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko, em junho de 2021.
Além de Grileiro, Paulo Rafael da Silva Vieira, conhecido como Donque-Donque, de 34 anos, também foi preso. De acordo com a entidade, ele é irmão de Denis Cleberson da Silva Vieira, o Sardinha, que está preso e é um dos homens de confiança de Danilo Tandera.
Segundo a Polícia Civil, desde que seu irmão foi preso, Paulo Rafael assumiu sua função e passou a negociar os terrenos na região em que a milícia atua.
“Outros presos são um miliciano responsável por extorsões a comerciantes e dois responsáveis por comercializar produtos falsificados explorados pela milícia”, explicou a Polícia Civil, detalhando que, entre os crimes investigados pela organização criminosa estão:
- Exploração de atividades ilegais controladas pela milícia;
- Cobranças irregulares de taxas de segurança e de moradia;
- Instalações de centrais clandestinas de TV a cabo e de internet (gatonet/gatointernet);
- Armazenamento e comércio irregular de botijões de gás e água;
- Empresas de GNV ilegais;
- Parcelamento irregular de solo urbano;
- Exploração e construções irregulares, areais e outros crimes ambientais;
- Comercialização de produtos falsificados;
- Contrabando;
- Cescaminho;
- Transporte alternativo irregular;
- Estabelecimentos comerciais explorados pela milícia e utilizados para lavagem de dinheiro, entre outras ilegalidades.
Por fim, a informação da Polícia Civil é que, durante a operação, os agentes da entidade também interditaram estabelecimentos que comercializam botijões de gás e provedores ilegais de internet na região comandada pela milícia carioca.
Leia também: Operação da Polícia Civil prende mais de 40 acusados de violência contra mulheres no Rio