Nesta quarta-feira (8), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pediu para que os estados e municípios brasileiros sigam as orientações do PNI (Programa Nacional de Imunização) sobre o cronograma de aplicação das vacinas contra Covid-19.
O ministro criticou as autoridades locais que traçam planos diferentes daqueles passados pelo governo federal, no que chamou de “Torre de Babel da vacina”.
“O que ocorre é que alguns municípios, sobretudo os maiores da federação, ficam criando esquemas diferentes e depois dizem que o Ministério da Saúde não entrega doses, atrasa as doses. O Ministério da Saúde só entra com o ônus o tempo inteiro”, afirmou ele à Comissão Temporária da Covid-19 no Senado. “Temos que falar a mesma língua, não pode ser a Torre de Babel da vacina.”, alertou Queiroga.
Se cada cidade fizer diferente, segundo Queiroga, o Ministério da Saúde não tem com garantir a entrega dos imunizantes. Uma nota com o alerta foi emitida na semana passada, afirmando que as alterações nas recomendações do PNI (Plano Nacional de Imunização) podem influenciar a segurança das vacinas e gerar escassez de doses de determinados imunizantes.
São Paulo e Rio não vão seguir o PNI para terceira dose da vacina
De acordo com o PNI, a terceira dose da vacina só deve ser aplicada a partir do dia 15 de setembro em idosos com 70 anos ou mais e em pessoas imunossuprimidas. A preferência para a dose de reforço é a vacina da Pfizer, mas ela também pode ser dada com a da AstraZeneca.
O alerta do Ministério da Saúde foi dado após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), dizer que o estado não vai seguir o PNI e aplicará a terceira dose em maiores de 60 anos com a vacina disponível, inclusive, a CoronaVac. O governo paulista já começou a aplicar a terceira dose na segunda-feira (6).
Além de São Paulo, a cidade do Rio de Janeiro também está aplicando a terceira dose da vacina. A campanha de reforço começou no dia 1° em idosos residentes de instituições de longa permanência, como asilos.