PIB da China cresce menos que o esperado no terceiro trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 4,9% no terceiro trimestre deste ano, quando comparado ao mesmo período de 2020. A saber, o resultado ficou abaixo das expectativas de economistas, que projetavam um avanço ligeiramente maior no período, de 5,0%.

Além disso, o avanço do PIB no terceiro trimestre foi bem menor que os avanços nos dois primeiros trimestres, de 18,3% e 7,9%, respectivamente. Em resumo, essa desaceleração expressiva ocorreu devido à queda da atividade industrial do país no período, refletindo diretamente no crescimento do PIB.

Esse também é o desempenho mais fraco da segunda maior economia do planeta desde o terceiro trimestre de 2020. À época, o PIB da China também cresceu 4,9%.

Vale lembrar que as fortes altas nos dois primeiros trimestres deste ano ocorreram por causa da pandemia da Covid-19. Na verdade, a crise sanitária afetou tão fortemente o PIB chinês no começo de 2020, que o resultado deste ano acabou expressivo, em grande parte, por causa do fraco desempenho no ano passado.

“Devemos considerar que estão aumentando as incertezas no cenário internacional e que a recuperação econômica interna ainda é instável e desigual”, disse o porta-voz do Escritório Nacional de Estatísticas (ONS), Fu Linghui.

Veja mais detalhes do desempenho econômico da China

A China se destacou em 2020, figurando como a única grande economia mundial a crescer no ano, mesmo com a pandemia. No entanto, o forte crescimento do início deste ano não se manteve e vem perdendo fôlego a cada dado divulgado.

“O crescimento foi afetado por uma queda no setor imobiliário, amplificado recentemente pelos problemas da Evergrande”, afirmou Louis Kuijs, diretor para Economia Asiática da Oxford Economics. Inclusive, a crise na Evergrande preocupa todo o mundo. A saber, a companhia possui uma dívida superior a US$ 300 bilhões e o risco de calote é imenso.

Por fim, a China vem sofrendo nos últimos tempos com uma forte crise energética. Em suma, o país passou por apagões e cortes na produção no último mês em meio a uma estrita aplicação das metas climáticas e de segurança. Ao mesmo tempo, o alto custo das matérias-primas e a maior inflação industrial dos últimos 25 anos dificultam ainda mais a recuperação econômica do país.

Leia Mais: Inflação medida pelo IPC-S desacelera, mas continua elevada

Ruan Samarone

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