PF vai investigar suspeito de comparar Bolsonaro a ‘pequi roído’ em outdoor

A Polícia Federal (PF) revelou que abriu um inquérito, nesta quarta-feira (17), a fim de investigar um sociólogo e empresário, suspeito de ser o responsável pela publicação de dois outdoors que comparavam o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) a um ‘pequi roído’.

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O pedido de investigação foi feito pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça. Na visão dele, pode ter havido um suposto crime contra a honra do presidente da república. De acordo com a PF, as peças em questão foram instaladas em Palmas (TO), em agosto do ano passado.

À época, o sociólogo Tiago Costa Rodrigues, de 36 anos, um dos suspeitos, fez uma vaquinha online para publicar as peças nos outdoors. Como é possível ver na foto abaixo, uma das publicações dizia que Bolsonaro é um “cabra à toa, não vale um pequi roído”.

Já na outra placa, o protesto chamava o presidente de mentiroso e ainda pedia a sua saída do cargo. “Aí mente! Vaza Bolsonaro, o Tocantins quer paz”. De acordo com as informações, a expressão “não vale um pequi roído”, na região em que os outdoors foram instalados, significa que a pessoa ou objeto não tem nenhum valor.

Foto: Reprodução

Caso já havia sido denunciado à PF

Na época em que o caso foi registrado, a PF recebeu uma denúncia sobre o caso, mas ele acabou sendo arquivado. Agora, o ministro da Justiça voltou a tocar no tema, alegando que as publicações tiveram grande repercussão negativa pela atribuição da mensagem à sociedade tocantinense.

“Diante dos fatos narrados, requisito ao diretor-geral da Polícia Federal que adote as providências para abertura de inquérito policial com vistas à imediata apuração de crime contra a honra do presidente”, diz trecho do documento.

Ao portal G1, o sociólogo Tiago Costa disse confiar que o processo deverá ser arquivado novamente. “Vejo essa ação com muita preocupação, apesar de acreditar na justiça e crer que o processo irá extinguir”, disse.

Isso porque, de acordo com ele, “os outdoors tem uma crítica ao governo presidido por Jair Bolsonaro em tom regional. Não é uma peça que visa à integridade da pessoa física do presidente da república.[…] Não se justifica o inquérito, se tratando, ao meu ver, de mera perseguição às opiniões contrárias ao governo”, finalizou ele.

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Alisson Ficher

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