Uma operação conjunta entre a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal culminou na maior apreensão de acetato de etila já realizada em território nacional. Ao todo, informou a PF, foram retirados do mercado ilícito mais de 130 mil quilos do solvente que, atualmente, é o mais utilizado no processo de refino da cocaína.
Em nota, a corporação relatou que a carga estava acondicionada em tambores de 200 litros e acabou sendo presa na manhã desta terça-feira (28) em Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Ainda conforme a entidade, o produto estava sendo transportado para a Bolívia em cinco caminhões, veículos esses que também apreendidos. Durante a ação, um brasileiro foi preso, informou.
Prejuízo ao tráfico
Conforme o órgão federal, a carga apreendida dará um prejuízo de mais de um milhão de reais aos criminosos, visto que este é o preço praticado no mercado lícito atualmente. “A droga apreendida pela corporação seria repassada a traficantes de drogas por pelo menos o triplo desse valor”, ressaltou a Polícia Federal.
Poder lesivo
Ainda no comunicado, a entidade chamou a atenção para a importância da operação, visto que, caso passasse pelo país, o material seria capaz de produzir uma quantidade enorme de cocaína. “Chama a atenção o potencial lesivo, quando se mensura a quantidade de cocaína que seria produzida com os insumos apreendidos: pelo menos 10 toneladas de cloridrato de cocaína com alto grau de pureza”, revelou.
Por fim, a Polícia Federal afirma que o Brasil vem realizando um importante trabalho nas fronteiras com os países produtores de cocaína. O objetivo, afirma a corporação, é dificultar a produção do entorpecente que, posteriormente, transitaria pelo território nacional.
“A apreensão reforça o compromisso das instituições envolvidas com o combate aos desvios de precursores químicos nas fronteiras como forma eficaz de combater o tráfico internacional de drogas”, finalizou a entidade.
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