PF prende suspeitos de integrarem grupo especializado em tráfico de drogas em aeroportos de SP

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (07), uma ação intitulada de Operação Airline, com o objetivo de prender investigados envolvidos em crimes de tráfico internacional de drogas praticados a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, São Paulo.

De acordo com as informações, foram cumpridos 18 mandados de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela Justiça Federal de Campinas.

Em nota, a PF revelou que, além de 40 policiais federais, participaram da operação cinco equipes do Batalhões da Polícia Militar do Estado de São Paulo (BAEP) e uma equipe da Corregedoria da Polícia Civil do Estado de São Paulo. A participação deles foi necessária porque, entre os presos estavam um policial militar e outro civil.

As investigações da PF

A investigação da PF começou a partir da análise de documentos e informações de inteligência policial obtidos durante a Operação Overload, que foi deflagrada em junho de 2020, e tem por objetivo desarticular definitivamente a organização criminosa com a prisão dos envolvidos.

De acordo com a Polícia Federal, a atual fase de investigação foi complexa e contou com mais de 60 exames periciais e 45 relatórios de análises de informações contidas em dispositivos e documentos apreendidos, compreendendo quase dez mil páginas de instrução.

“Toda essa investigação permitiu à Polícia Federal concluir pela existência de um corpo probatório robusto da prática de crimes de tráfico internacional de drogas”, detalhou a PF, que ainda conta que, na análise, existem investigações que averíguam:

• O uso do Aeroporto Internacional de Guarulhos (suspeita-se de mais de meia tonelada de drogas remetidas para a Europa);
• Falsificação de documentos (etiquetas de passageiros, de cargas, aquisição fraudulenta de diplomas de ensino superior);
• E extorsão, extorsão mediante sequestro, corrupção ativa e passiva.

Por fim, a PF relata que, nesta fase da operação, a corporação “mantém seu processo sistemático e contínuo adotado de prisão e descapitalização de organizações criminosas voltadas ao tráfico de drogas, com o principal objetivo de evitar a retroalimentação das atividades ilícitas”.

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