A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (22), uma operação que teve como intuito colher informações para aprofundar as investigações sobre a suspeita de que possa ter havido fraudes em procedimentos licitatórios de compra de merenda escolar na cidade de Florínea, no interior de São Paulo.
Nesta quarta, agentes da entidade deram cumprimento a quatro mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região e cumpridos em Florínea e em Maracaí, também no interior paulista.
As investigações da PF
Em nota, a PF revelou que a investigação sobre a suposta fraude licitatória começou após denúncias sobre irregularidades nas notas fiscais emitidas pelos fornecedores.
Conforme a entidade, algumas dessas notas apresentavam itens que não são utilizados na merenda escolar ou em quantidades excessivas. Além disso, outras foram emitidas em decorrência de aquisições feitas em períodos de férias escolares.
De acordo com o órgão federal, os referidos contratos foram firmados com duas empresas fornecedoras. Somando os dois documentos, os valores totais alcançam, aproximadamente, R$ 2 milhões.
“No transcurso do inquérito, corroborando a denúncia formulada, adveio relatório do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo atestando serem parcialmente procedentes as denúncias formuladas”, publicou a corporação, que revelou que, por conta disso, a entidade determinou que as investigações fossem aprofundadas, mediante busca e apreensão.
Segundo a entidade, os investigados poderão responder, no limite de suas responsabilidades, pelo crime de fraude de licitação, sem prejuízo de outras tipificações constatadas no transcurso da investigação.
Por fim, a Polícia Federal revelou que a operação foi intitulada: Food Education. Segundo a corporação, o nome foi inspirado na necessidade de um processo de aprendizagem e de mudança comportamental na aplicação dos recursos destinados à merenda escolar dos alunos das escolas públicas.
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