PF investiga desvio de verba para construção de hospital contra Covid-19 no Ceará

Agentes da Polícia Federal (PF) cumprem em Fortaleza, no Ceará, nesta segunda-feira (23), mandados de busca e apreensão em uma operação que investiga um grupo suspeito de crimes envolvendo a construção do Hospital de Campanha montado no Estádio Presidente Vargas para pacientes com Covid-19.

De acordo com a PF, os crimes investigados são: corrupção, malversação, desvio de recursos públicos federais e fraude em procedimento de dispensa à licitação no contexto do enfrentamento à Covid-19.

Segundo a corporação, a operação ocorre nas residências dos investigados nas cidades de Fortaleza e Brasília. O objetivo, informou a Polícia Federal, é dar andamento ao inquérito que investiga indícios de atuação criminosa de servidores públicos, empresários e dirigentes de uma organização social com sede em São Paulo, contratada para gerir o hospital de campanha em questão.

Hospital de Campanha montado no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, para pacientes com Covid-19. (Foto: reprodução)

Hospital para pacientes com Covid-19

De acordo com a PF, o estádio de futebol Presidente Vargas foi reservado para a construção do hospital de campanha em abril do ano passado, quando teve suas atividades esportivas suspensas.

Cinco meses depois, em setembro, a unidade foi desativada – ao todo, de acordo com a prefeitura de Fortaleza, 1,2 mil pacientes com Covid-19 passaram pelo hospital durante o período em que ele esteve funcionando.

As investigações da Polícia Federal

Em nota, a Polícia Federal explica que as investigações sobre o caso começaram no início de 2020, quando uma operação constatou que servidores poderiam estar direcionando a escolha da organização social para a construção do hospital.

Com o passar das diligências, constatou-se a ocorrência de pagamentos superfaturados, enriquecimento ilícito dos investigados, desvio de recursos públicos federais e transações com empresas de fachada.

Por fim, a corporação revela que as investigações continuarão a fim de que o material coletado nesta segunda (23) seja analisado. Caso indiciados, os investigados poderão responder pelos crimes de fraude à licitação, peculato, ordenação de despesa não autorizada por Lei e organização criminosa, podendo pegar até 33 anos de reclusão.

Leia também: MP investiga empresa de bitcoin suspeita de pirâmide financeira

Amanda B

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