Agentes da Polícia Federal (PF) cumpriram, nesta sexta-feira (17), mandados de busca e apreensão na sede da Precisa Medicamentos, em São Paulo. A empresa é uma das investigadas na CPI da Covid-19.
Segundo a comissão, a companhia é suspeita de ter intermediado um negócio entre o Ministério da Saúde e a farmacêutica Bharat Biotech. O intuito: a aquisição de doses da Covaxin, vacina contra a Covid-19.
Em nota, a Polícia Federal revelou que a operação foi feita após um pedido da CPI da Covid-19, e autorizada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda conforme a PF, os mandados acontecem em endereços em Barueri e em Itapevi, em escritórios da empresa e locais de armazenamento de distribuição de produtos.
Precisa Medicamentos reclama da operação
Também em um comunicado, a empresa foco da operação da PF afirmou que a ação é “inadmissível”. “A empresa entregou todos os documentos à CPI, além de três representantes da empresa terem prestado depoimento à comissão”, publicou a companhia.
No Twitter, vice-presidente da CPI da Covid-19, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que a operação acontece porque as outras vias tentadas pela comissão a fim de colher informações para a investigação não foram suficientes.
“A CPI tentou de todas as formas obter essas informações e não logrou êxito. Fez-se necessário, para prosseguimento das apurações, a utilização deste instrumento judicial”, disse ele, que já havia afirmado que o objetivo principal da comissão é conseguir o contrato original da Bharat com a Precisa.
Outros documentos
De acordo com informações da “TV Globo”, a CPI também quer encontrar documentos que possam ser usados com o intuito de provar que um membro do alto escalão do governo federal atuou em favor da compra da Covaxin. O contrato para a compra do imunizante previa o pagamento de R$ 1,6 bilhão para a compra de 20 milhões de doses.
Leia também: Senadores criticam Prevent Senior por ocultar mortes em estudo sobre cloroquina: “Fugiu da CPI”