A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (11), uma operação a fim de apurar crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e de lavagem de dinheiro na ordem de R$ 2,5 bilhões. De acordo com a entidade, o alvo é uma organização criminosa suspeita de montar uma complexa rede com pessoas físicas e jurídicas fictícias, responsável por movimentações financeiras fraudulentas.
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Ao todo, a entidade cumpre 15 mandados de prisão e 70 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Primeira Vara Federal de Campinas, em São Paulo, e cumpridos no Distrito Federal e nos estados do Ceará, de São Paulo, do Rio de Janeiro.
Em nota, a PF revelou que entre as medidas cumpridas, está o bloqueio de contas e investimentos no valor de R$ 261 milhões de reais, sequestro de bens imóveis e congelamento de transferências de bens móveis. Além disso, também foi determinado o afastamento de um policial federal do exercício do cargo.
A investigação da PF
Segundo a Polícia Federal, a investigação começou há dois anos e teve a atuação conjunta da PF, da Receita Federal e do Ministério Público Federal (MPF). “As fraudes foram descobertas a partir de ações fiscais da Receita Federal, que detectou movimentações financeiras suspeitas”, detalhou a entidade.
No decorrer das investigações, os investigadores constataram uma complexa rede de pessoas físicas e jurídicas fictícias que chegou a movimentar R$ 2,5 bilhões em operações financeiras.
”O objetivo dessas operações era propiciar aos integrantes da organização criminosa um alto padrão de vida, com a aquisição de veículos de luxo, imóveis, lanchas e patrocínio de esporte automobilístico”, relatou a Polícia Federal.
Estratégia
A fim de proteger o patrimônio, os criminosos criaram empresas. Essas companhias assumiram a propriedade dos bens e blindavam os suspeitos de eventuais ações fiscais, cujos créditos já apurados pela Receita Federal ultrapassam R$ 150 milhões.
“A origem de recursos que iniciou um sistêmico processo de fraude é pública, já que a primeira empresa fictícia obteve um contrato com uma agência de fomento econômico estatal e outro com a Caixa Econômica Federal, no valor total de 73 milhões de reais na época do fato (2011), o que, em valores corrigidos, importa em aproximadamente 100 milhões de reais”, detalhou a Polícia Federal.
Pelo o que vão responder
Por fim, a PF revelou que os envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro, crimes contra a ordem tributária, estelionato, falsidade ideológica e material e organização criminosa.
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