A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (14), uma operação visando investigar um homem acusado de ter utilizado as redes sociais e também a “deepweb”, um submundo da internet, para praticar os crimes de armazenamento, posse e compartilhamento de imagens contendo cenas de sexo explícito, envolvendo criança e adolescente.
Em nota, a entidade revelou que o mandado foi expedido pela Vara Federal de Gurupi, no Tocantins, e cumprido em Vicente Pires, no Distrito Federal. Ainda segundo o órgão federal, a investigação começou via cooperação jurídica internacional com os Estados Unidos da América.
“A entidade em questão encaminhou o relatório, via organização não governamental NCMEC, após conseguir identificar dezenas de imagens pornográficas de crianças e adolescentes”, informou a PF.
Suspeito usava nomes falsos
No decorrer das investigações, constatou-se que o investigado se utilizou de diversos codinomes. Tudo isso, afirma a PF, para não ser identificado. “O suspeito chegou, inclusive, a utilizar o famoso bordão 007, um codinome secreto, no qual as forças policiais não conseguiriam identificar”, informou.
Todavia, após inúmeras diligências, análises, confrontações de dados e georreferenciamento, os investigadores conseguiram identificar o suspeito, que agora pode responder pelos crimes de oferecer, trocar, disponibilizar, possuir e armazenar cena de sexo explícito, pornográfica envolvendo criança ou adolescente, com penas que somadas, podem ultrapassar os dez anos de reclusão.
Outra ação da PF
Além da operação relatada, a PF também deflagrou uma outra ação nesta quinta (14) com o mesmo intuito. Desta, os agentes buscaram combater o compartilhamento e à posse de imagens e vídeos com conteúdo de abuso sexual infanto-juvenil em Balneário Gaivota, Santa Catarina.
Na cidade, os agentes prenderam um homem que utilizava um aplicativo para compartilhamento de arquivos com outros usuários usando uma rede denominada P2P. Além da prisão, os policiais também apreenderam equipamentos de informática, celulares e mídias de armazenamento.
“Esses aparelhos serão submetidos a exames periciais para ratificação das provas até então produzidas nos autos do inquérito policial”, informou a PF, que ainda revelou que o suspeito pode pegar mais de dez anos de prisão por conta dos crimes cometidos.
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