A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (22), a segunda fase da Operação Amphis. De acordo com a entidade, a ação foi executada com o intuito de investigar doleiros que atuam em Pernambuco, e em outras unidades da federação e até nos Estados Unidos.
Em nota, a corporação explicou que os suspeitos são investigados por evasão de divisas, manutenção de instituição financeira clandestina, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Para poder deflagrar a ação, a Polícia Federal contou com a ajuda de 40 agentes da entidade. Juntos, eles cumpriram nove mandados de busca e apreensão em sedes de empresas e em residências dos suspeitos.
“A Justiça Federal de Recife (PE) também determinou o sequestro de quatro apartamentos localizados e o bloqueio de contas de empresas ligadas aos investigados”, informou a PF, que ainda revelou que a ação ocorreu no Recife, em Belo Horizonte (MG) e em Iguaba Grande (RJ).
Os alvos da PF
De acordo com a Polícia Federal, os alvos dos mandados de busca e apreensão desta quarta na operação, que teve sua primeira fase deflagrada ainda em 2020, são operadores financeiros que atuam no Brasil e também nos Estados Unidos.
“As diligências apontaram que esses suspeitos auxiliam os doleiros nas respectivas atividades criminosas, principalmente realizando transações bancárias de interesse dos mesmos”, revelou.
Por outro lado, os alvos dos sequestro e bloqueio de contas são duas pessoas, um casal de doleiro, suspeitos de possuir casas de câmbio em Recife e em Porto de Galinhas. Além disso, a dupla também tem negócios semelhantes na Flórida, Estados Unidos.
“Apesar de possuírem autorização para realizar algumas operações de câmbio, os investigados, muitas vezes, utilizavam-se de sistema paralelo de remessas clandestinas, por meio de contas abertas em nome de laranjas e/ou empresas fantasmas, além de operadores financeiros com os quais se associaram, no Brasil e no exterior”, revelou a PF.
Além disso, a Polícia Federal também quer saber se existe uma suposta sociedade desses doleiros com empresários pernambucanos atuantes na área de factoring.
As investigações dos fatos apurados nesta fase foram iniciadas em 2020. Somente no Brasil, informou a corporação, o grupo movimentou mais de R$ 250 milhões nos últimos dez anos. As penas dos crimes, somadas, podem chegar a 26 anos de prisão.
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