A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (19) uma operação que teve como intuito combater o abuso sexual de crianças em Alagoas. De acordo com a entidade, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão nas cidades de Maceió e São Miguel dos Campos, ambas em território alagoano.
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Em nota, a PF relatou que as ações aconteceram por conta de investigações feitas pela entidade, que constatou a existência de uma rede responsável pelo armazenamento e a disseminação de vídeos com cenas de pornografia infantil pela deepweb e por aplicativos de mensagens.
“As investigações também constataram a existência de casos de estupro de vulnerável, corrupção de menores, favorecimento à prostituição de menores e facilitação de acesso à criança de material contendo cena de sexo explícito ou pornográfica”, informou a corporação.
Ainda conforme a Polícia Federal, a operação deflagrada nesta quarta acontece por conta do material apreendido em uma ação registrada em dezembro do ano passado. Na ocasião, agentes federais identificaram conversas nas quais dois suspeitos descrevem abusos sexuais contra crianças.
“Os investigadores encontraram inclusive gravações das cenas e compartilhamento entre ambos através de aplicativos de mensagens”, informou a corporação, relatando ainda que os presos são acusados de “alugar” crianças de famílias de baixa renda ou usuárias de drogas para praticar os atos sexuais.
“Eles realizam o pagamento do dinheiro às próprias crianças ou aos responsáveis por elas”, informou. Conforme as investigações, os homens capturados tinham acesso à deepweb. Era lá onde eles planejavam vender pacotes de fotos e vídeos das vítimas menores de idade.
Itens apreendidos pela PF
Durante a ação, os policiais federais apreenderam dois pen-drives e um smartphone. Segundo a corporação, a expectativa é que mais informações sejam encontradas nestes objetos e mais pessoas sejam identificadas. Por fim, a PF relata que os presos capturados nesta quarta poderão responder pelos crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Código Penal, podendo pegar mais de 64 anos de prisão caso condenados.
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