PF cumpre mandados de busca e prisão em operação contra fraudes em licitações
Ao todo, foram expedidos 25 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão, sendo cinco preventivas e seis temporárias
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (18) uma operação para apurar o desvio de valores da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) e outras duas empresas estatais por meio de contratações fraudulentas de empresas do ramo de Tecnologia da Informação (TI).
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A ação acontece em Brasília, em Minas Gerais e em São Paulo. Ao todo, foram expedidos 25 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão, sendo cinco preventivas e seis temporárias.
Além das prisões e buscas, a Justiça Federal também determinou o bloqueio de cerca de R$ 20 milhões nas contas dos investigados, bem como o sequestro de duas embarcações.
De acordo com a PF, esta é a terceira fase da operação Circuito Fechado, que acontece após a coleta das provas resultantes do cumprimento dos mandados judiciais deferidos na segunda fase da ação.

À época, a entidade apurou o desvio de R$ 40 milhões do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e ainda descobriu que a atuação da quadrilha era bem mais ampla, envolvendo inúmeros outros órgãos públicos.
Além disso, informou a PF em nota, “as investigações revelam que, para viabilizar as fraudes, servidores públicos eram contratados para a criação artificial de uma demanda de softwares, indicando-se, desde o início, produtos desenvolvidos pelo fabricante envolvido no esquema criminoso”.
Para garantir que somente membros previamente selecionados participassem da licitação, a investigação revelou que essas empresas criavam várias cláusulas restritivas para a habilitação.
PF investiga cinco processos licitatórias
De acordo coma Polícia Federal, nesta etapa da operação, são investigados cinco processos licitatórios que, juntos, viabilizaram o desvio de R$ 11.8 milhões por meio de 13 contratos firmados com duas empresas participantes do esquema.
Segundo a entidade, os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, organização criminosa, lavagem de dinheiro, fraude à licitação, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva. Juntas, essas penas podem chegar a mais de 40 anos de prisão.